Brasil registra déficit de US$ 4,7 bilhões nas contas externas em agosto

Investimentos estrangeiros somam US$ 8 bilhões
Ao longo dos 12 meses encerrados em agosto, o déficit atingiu US$ 76,2 bilhões, correspondendo a 3,5% do PIB

Em agosto, o Brasil registrou déficit de US$ 4,7 bilhões nas contas externas. Embora o resultado esteja no campo negativo, representa uma melhora em relação ao mesmo mês de 2024, quando o déficit foi de US$ 7,2 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. No acumulado de 12 meses encerrados em agosto, o déficit totalizou US$ 76,2 bilhões, equivalente a 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em julho, esse indicador era de US$ 78,7 bilhões (3,6% do PIB). Já em agosto do ano passado, o saldo negativo era de US$ 43,6 bilhões, correspondendo a 1,9% do PIB. Considerando os oito primeiros meses de 2025, o déficit nas contas externas soma US$ 46,8 bilhões — o maior valor para esse período desde 2015, quando o resultado foi de US$ 51,6 bilhões.

Os resultados das balanças comercial e de serviços são os principais fatores que explicam o déficit menor das contas externas brasileiras em agosto ante o mesmo mês do ano passado. Em agosto de 2025, a balança comercial contribuiu positivamente com saldo de US$ 5,5 bilhões. O valor no campo positivo é resultado de crescimento nas vendas para o exterior (US$ 30 bilhões e alta de 3,8%) e diminuição nas importações (US$ 24,5 bilhões e queda de 2,6%). Para efeito de comparação, no mesmo mês de 2024 o saldo da balança comercial tinha sido de US$ 3,7 bilhões.

Agosto foi o primeiro mês com a sobretaxa dos Estados Unidos às exportações brasileiras. De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, a alta das exportações mesmo com o tarifaço em agosto pode ser explicada por busca de novos mercados. Na balança de serviços, houve déficit de US$ 4,2 bilhões em agosto, no entanto, o resultado foi 20,3% menor que o do mesmo mês de 2024. O déficit em renda primária ficou em US$ 6,3 bilhões em agosto. Diferentemente do comércio e dos serviços, esse resultado representa alta de 6,4% na comparação interanual. 

Com ABR

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Terça, 30 Setembro 2025

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