BNDES vai estruturar plano estratégico de resiliência climática para o RS
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul assinaram, nesta sexta-feira (7), na sede da instituição, no Rio de Janeiro (RJ), Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para estruturar um plano estratégico de resiliência climática de médio e longo prazo que proteja o estado contra extremos climáticos. O banco e o governo do estado também assinaram um termo aditivo a um contrato já existente para desenvolver o anteprojeto do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (CEGIRD) e o Centro Estadual de Logística Humanitária do Estado do Rio Grande do Sul, além de ações de habitação social. As assinaturas contaram com a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do diretor de planejamento e relações institucionais do Banco, Nelson Barbosa.
Pelo ACT, o BNDES fará o planejamento do projeto RioS (Resiliência, Inovação e Obras para o futuro do Rio Grande do Sul), que tem como objetivo definir a estratégia estadual de resiliência climática da região hidrográfica do Rio Guaíba. O trabalho inclui a realização de estudos técnicos para projetos de adaptação climática e gestão de risco. "O ACT marca a transição da resposta emergencial para um planejamento de longo prazo, reduzindo impactos futuros. Estamos estruturando soluções para fortalecer a capacidade de resposta a desastres, protegendo futuras gerações contra desastres naturais, e para garantir habitação a famílias de baixa renda", explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Em 2024, o BNDES disponibilizou R$ 25,7 bilhões para a recuperação econômica e social do estado atingido pelas enchentes, incluindo 8.568 operações de crédito e suspensão de pagamentos em 72 mil contratos. O governo federal e o governo estado implementaram diversas medidas para reconstrução da infraestrutura econômica e social, por meio do Novo PAC. Apesar das ações emergenciais, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta desafios estruturais para prevenir futuras tragédias. O BNDES foi contratado pelo governo gaúcho para estruturar um fundo de investimento imobiliário para prover melhor eficiência em imóveis públicos subutilizados. O banco, no âmbito do contrato assinado, vai redirecionar parte dos imóveis para fortalecimento da defesa civil do estado e para ações de habitação social.
O aditivo prevê a destinação de até 20% da área do Centro Administrativo Engenheiro Noé de Mello Freitas (CAENMF) para implantação do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres e do Centro Estadual de Logística Humanitária. Nesse caso, o BNDES fornecerá suporte técnico na elaboração do anteprojeto de engenharia e arquitetura para viabilizar o processo licitatório que será conduzido pelo Rio Grande do Sul. Na área de habitação social, o aditivo prevê o redirecionamento do uso do edifício Othelo Rosa, visando a elaboração de projetos de moradias para famílias de baixa renda, dentro de um fundo de investimento imobiliário que será estruturado ao longo de 2025 pelo BNDES e no qual o Rio Grande do Sul será o cotista majoritário. O empreendimento, no centro de Porto Alegre, tem 14 pavimentos e capacidade estimada de 240 unidades habitacionais estimadas, com um e dois quartos.
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