Setor prevê fechar 2019 com alta da produção de frango

A produção de carne de frango no país deve chegar a 13,1 milhões de toneladas em 2019, 2,3% a mais do que no ano anterior. As exportações devem acumular 4,2 milhões de toneladas, uma alta de 2,4% ante as 4,1 milhões de toneladas de 2018. De janeiro a...
Setor prevê fechar 2019 com alta da produção de frango

A produção de carne de frango no país deve chegar a 13,1 milhões de toneladas em 2019, 2,3% a mais do que no ano anterior. As exportações devem acumular 4,2 milhões de toneladas, uma alta de 2,4% ante as 4,1 milhões de toneladas de 2018. De janeiro a novembro, as exportações atingiram US$ 6,3 bilhões, 6,1% a mais do que no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No caso da carne suína, a produção deve passar dos 3,9 milhões de toneladas em 2018 para 4,1 milhões de toneladas este ano, o que corresponde a um crescimento de 2,5%. As exportações devem registrar elevação de 14,5% ao passar de 646 mil toneladas para 740 mil toneladas. Em valores, a receita das exportações de suíno totalizaram US$ 1,4 bilhão de janeiro a novembro, refletindo em um aumento de 27,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em volume, nesse período foram exportadas 674,2 mil toneladas, 14,4%, a mais do que entre janeiro e novembro de 2018. 

De acordo com a entidade, o preço dos produtos brasileiros foram influenciados pela forte crise sanitária da China, com focos de Peste Suína Africana, que elevou as importações desse tipo de proteína por aquele país. "A elevação do preço da carne bovina, influenciada também por fatores climáticos, alavancou os preços de suínos e aves", declara a ABPA, em nota. Com relação ao aumento de preço das aves e suínos para o consumidor, o presidente da ABPA, Francisco Turra enfatizou que não se pode esperar que quando a demanda é muito maior do que a oferta o preço não suba. "Mas quero ressaltar que em aves e suínos passamos quatro anos com preços estáveis, baixos, perdas imensas, fábricas fechadas que reabriram agora. É óbvio que o preço será um pouco mais elevado. É uma questão de mercado", afirmou.

Segundo Turra, nos últimos doze anos nenhum período foi tão surpreendente e positivo quanto 2019 para o setor. "Tivemos momentos de crise, passamos momentos em que a produção não só estabilizava, mas até caía um pouco. Tivemos dificuldade nas exportações para abrir alguns mercados e esse ano, em função do que aconteceu com a peste suína africana na China e em mais 20 países, abriu um caminho imenso para a proteína como um todo", analisou. Turra garantiu que, mesmo com a demanda externa crescendo, não haverá desabastecimento do mercado interno, porque 70% da produção de aves e 80% da produção de suínos fica no Brasil, que é o grande mercado do setor. 

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Domingo, 15 Dezembro 2024

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