Brasil deve voltar a exportar carne para a China

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta terça-feira (4) que o governo brasileiro já entregou à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) os documentos necessários para reverter a suspensão temporária – adotada pelo Brasil, em ...
Brasil deve voltar a exportar carne para a China

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta terça-feira (4) que o governo brasileiro já entregou à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) os documentos necessários para reverter a suspensão temporária – adotada pelo Brasil, em cumprimento a um protocolo assinado em 2015 pelos dois países – da exportação de carne bovina para a China. A suspensão temporária de certificados sanitários para a exportação de carne para o gigante asiático foi confirmada na segunda-feira (3) pelo ministério, após a notificação de ocorrência de um caso de mal da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina) no Mato Grosso. Doença cerebral em bovinos adultos, o mal da vaca louca é causado por proteínas alteradas e não tem cura nem tratamento. No fim dos anos 1990, alguns países da Europa enfrentaram um surto de casos de vaca louca por causa do consumo, por outros animais, de ração processada de bovinos afetados pela doença.

“São suspensões temporárias, só para avaliação dos documentos entregues [pelo governo brasileiro]. A OIE [Organização Internacional de Saúde Animal] já terminou o processo. Abriu e fechou sem pedidos complementares. É algo absolutamente normal e estamos esperando a China nos próximos dias nos pedir para retirarmos a suspensão, que foi feita pelo Brasil”, anunciou a ministra. O registro da doença foi informado na última sexta-feira (31). De acordo com a pasta, trata-se de uma ocorrência isolada e sem risco para a população. Segundo a ministra, a situação do comércio entre os dois países continua bem, apesar do ocorrido. “Não tem nada. É uma coisa comum que aconteceu em vários países. Isso mostra que o serviço de inspeção brasileiro continua funcionando. Difícil seria se não acontecesse nunca nada”, avaliou.

Tereza Cristina lembrou que no ano passado mais de 20 países tiveram ocorrências como esta, que é considerada atípica. “Não é contagiosa e não tem perigo para ninguém. É uma coisa normal que mostra a transparência e a governança do serviço de inspeção”, explicou. “O único país que exige essa suspensão temporária é a China. Vamos então conversar no futuro sobre um novo protocolo”, acrescentou a ministra, sem especificar a data. “Não posso dizer [em que data a exportação será retomada] porque o problema agora está com a China. Não com o Brasil. O mais importante é que Brasil e China fazem parte da OIE, que abriu o processo na sexta [para examinar o tema] e fechou na segunda, liquidando o assunto”, completou.

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Quinta, 12 Dezembro 2024

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