Klabin vence leilão por área no Porto de Paranaguá

O terminal destinado à movimentação de carga geral, em especial celulose, do Porto de Paranaguá, foi leiloado nesta terça-feira (13), em pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A Klabin arrematou o espaço por R$ 1 milhão, com a obrigação de faz...
Klabin vence leilão por área no Porto de Paranaguá

O terminal destinado à movimentação de carga geral, em especial celulose, do Porto de Paranaguá, foi leiloado nesta terça-feira (13), em pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A Klabin arrematou o espaço por R$ 1 milhão, com a obrigação de fazer um investimento no local na ordem de R$ 87 milhões, além de pagamentos ordinários mensais pela ocupação. O leilão foi promovido pelo Ministério da Infraestrutura por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal. O prazo de arrendamento é de 25 anos.

O terminal tem 27.530 metros quadrados com conexões viárias e ferroviárias e, após os investimentos, poderá atingir a capacidade de movimentar 1,2 milhão de toneladas por ano. A estimativa é que a nova área do armazém totalize 15 mil metros quadrados dedicados à armazenagem e 6,6 mil metros quadrados para alocação dos ramais ferroviários, totalizando aproximadamente 21,6 mil metros quadrados – sem mencionar a área destinada às manobras das empilhadeiras. 

O armazém deverá ser projetado para acomodar novos ramais ferroviários para descarga e permitir a transferência de fardos para caminhões, que carregarão a carga até o berço para o carregamento dos navios. Essas operações contarão com equipamentos como guindastes e empilhadeiras. A ideia é que essa armazenagem seja feita através da construção de uma ponte rolante para facilitar o transbordo da carga. O objetivo do projeto é atender a produção de papel dos estados do Paraná e Santa Catarina, exportados principalmente para a China, e a cadeia logística da produção de celulose da fábrica da Klabin, em Ortigueira, nos Campos Gerais, uma das maiores do mundo.

“Esse investimento proporciona a verticalização total da nossa operação, nos permite posicionar a nossa carga desde a fábrica, diretamente ao terminal marítimo com acesso ferroviário. Isso vai nos garantir atingir níveis de produtividade em patamar internacional”, ressaltou Sandro Ávila, diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos da Klabin. Concluída esta etapa da licitação e aquisição da área, a sequência é a obtenção das licenças e a construção do novo armazém, pela empresa ganhadora. A previsão é que o início das operações ocorra até 2022.

A Klabin confirmou em abril um novo investimento no Estado. No total, a indústria vai aplicar R$ 9,1 bilhões na ampliação da fábrica de Ortigueira (Unidade Puma), que está em operação desde 2017. A direção da empresa explica que a unidade Puma II abrange a instalação de duas máquinas com capacidade de produção de 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner. A construção da nova planta vai abrir 11 mil postos de trabalho na região e a companhia estima iniciar as atividades da nova planta em 2021. Na Unidade Puma, a Klabin já opera a produção de celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), que continuará abastecendo os mercados interno e externo com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.

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Domingo, 15 Dezembro 2024

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