Alta no consumo de gás natural já preocupa indústria de SC

Antes da pandemia, o consumo estava na casa de 2,3 milhões de metros cúbicos diários
No médio prazo poderia haver algum incremento na oferta por meio do aumento da pressão do gasoduto Bolívia-Brasil

A segurança no suprimento de gás natural preocupa o setor industrial, responsável por 80% do consumo estadual do insumo. Santa Catarina foi o estado com maior retomada na demanda no País e já se aproxima dos níveis utilizados pré-pandemia, informou nesta segunda-feira (3), o presidente da SCGás, Willian Lehmkuhl, em reunião com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar. "Precisamos nos preocupar com alternativas para assegurar o suprimento e os investimentos na expansão da infraestrutura, especialmente se no futuro for confirmada a perspectiva de redução nas tarifas", avalia Aguiar.

Antes da pandemia, o consumo de gás natural estava na casa de 2,3 milhões de metros cúbicos diários no estado, acima da capacidade da distribuidora. O total chegou a cair 50% e agora já está novamente em 2,1 milhões de metros cúbicos. Na reunião, a Fiesc e a SCGás avaliaram alternativas de curto, médio e longo prazos para enfrentar a questão. Entre as alternativas de curto prazo discutidas está a importação de gás natural liquefeito em contêineres para atender o setor industrial.

No médio prazo poderia haver algum incremento na oferta por meio do aumento da pressão do gasoduto Bolívia-Brasil, e no longo prazo as alternativas passam por ajustes no marco regulatório para assegurar novos projetos estruturantes na área. "Estamos em um momento importante, pois o reposicionamento estratégico da Petrobras e do governo serão decisivos para o abastecimento deste insumo fundamental para a indústria", afirma Aguiar.

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Quarta, 11 Dezembro 2024

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