Tudo possivelmente não será como antes
A forma como um funcionário é desligado de uma empresa é que dará o tom se poderá haver um retorno. Essa é uma possibilidade real, mesmo que não seja para já. Afinal, o futuro é uma incógnita. Se o empregado foi demitido por justa causa, é claro que não há volta. Mas se foi uma demissão por outros fatores, as portas podem ser deixadas abertas. Para isso, a sensação com a saída deve ser de que a empresa perdeu alguém de valor. Se foi um pedido de demissão, da mesma forma deve-se fazer esse processo de modo que deixe boas lembranças.
Fora da empresa, o comportamento também conta. É de bom tom, por exemplo, não falar mal do antigo empregador e não denegrir a organização ou seus gestores. Guarde essas opiniões para você. E jamais revele dados sigilosos da antiga empresa para a concorrência. Além de antiético, é desleal. Porém, há empresas que não aceitam o retorno de ex-funcionários. Elas preferem descobrir novos talentos. Outras acham que é vantajoso apostar em alguém que já conhece a empresa e tem sua confiança na hora de preencher um cargo.
O mais relevante é perceber que, durante a ausência, mudam tanto a empresa quanto o funcionário. Valores, percepções, experiências, produtos, mercado – tudo se modifica e a ideia de voltar tem de considerar essa perspectiva. Pela minha experiência, o retorno costuma dar certo em metade dos casos.
Por isso, sempre sugiro uma avaliação profunda para saber se vale a pena retornar ao antigo empregador. Analise o contexto da sua saída e aquele em que pretende retornar. Veja se o ambiente organizacional será receptivo e se os motivos que o fizeram deixar a empresa continuam ou não. E só então tome uma decisão, consciente de que, mesmo estando de volta, tudo possivelmente não será como antes.
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