Governo publica conjunto de medidas relacionadas ao IOF

Pacote trata de apostas esportivas, aplicações e títulos
O texto providenciado por técnicos do Ministério da Fazenda prevê o fim da alíquota fixa do risco sacado

O governo federal publicou, na noite de quarta-feira (11), um conjunto de medidas relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), via decreto e Medida Provisória (MP), voltado para recalibrar o imposto e aumentar a arrecadação. O texto providenciado por técnicos do Ministério da Fazenda prevê o fim da alíquota fixa do risco sacado. Fica apenas a diária, de 0,0082%, o que significa redução de 80% na tributação.

No caso do VGBL, até 31 de dezembro, o IOF nos aportes passa a incidir somente sobre o valor que exceder R$ 300 mil. Neste ano, fica flexibilizada a exigência de verificação global dos aportes em diferentes entidades, para evitar problemas operacionais nas entidades seguradoras. A partir de 1º de janeiro do ano que vem, o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir sobre o valor que exceder R$ 600 mil. As contribuições patronais passam a ser isentas de IOF.

A MP ainda indica uma alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre LCA, LCI, CRI, CRA e debêntures incentivadas, antes isentos. Também passará a existir uma alíquota única de 17,5% de imposto de renda sobre os rendimentos de aplicações. Não há mudança para caderneta de poupança. A tributação sobre o faturamento das casas de apostas esportivas será elevada de 12% para 18%. Não há mudança para os prêmios pagos ao apostador e para o imposto de renda e a CSLL cobrada da empresa.

O governo anunciou, no final de maio, um bloqueio e um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões para atingir a meta definida pela lei do arcabouço fiscal. Além disso, foi editado decreto com alta do IOF que previa arrecadar mais R$ 20 bilhões neste ano. A medida sofreu resistência do mercado financeiro e do Congresso Nacional, o que levou o governo a negociar uma MP alternativa ao decreto do IOF. Sem essa alternativa, o governo teria que contingenciar mais gastos federais neste ano, o que impactaria ainda mais o funcionamento da máquina pública, atingindo as emendas parlamentares dos deputados e senadores.

Com ABR

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Sexta, 13 Junho 2025

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