A luz no final do túnel é um trem chinês
A China continua avançando veloz em todas as áreas. A segunda maior economia do mundo desenvolve-se em ritmo constante, de maneira holística, e ainda avassaladora, apesar da crise mundial. Ou, em outras palavras, o país de proporções gigantescas, cujo comércio exterior domina o mundo há 10 anos, mantém a estratégia de crescer, agora com qualidade, e de dominar cada vez mais a produção científica e tecnológica, via inovação constante. Apesar disso, há quem continue insistindo sobre os riscos das bolsas e do sistema financeiro chinês desabarem, a queda do PIB, e a “bolha” imobiliária que um dia pode estourar como ocorreu nos Estados Unidos em 2008. Não é incrível?
Em 2016, foram divulgados vários avanços científicos e tecnológicos que comprovam a continuidade do ritmo de desenvolvimento da China – como o submarino que atinge 7 mil metros de profundidade, o maior hidroavião, aviões de grande porte, o primeiro satélite experimental de comunicação quântica, o metrô de superfície (de baixo custo, para pequenas e médias cidades), a ligação por ferrovia entre capitais chinesas e europeias, mais de 10 mil quilômetros de extensão...
A China avançou também na produção acadêmica mundial: teria atingido o segundo lugar em número de citações em 8 áreas, incluindo matemática, medicina e ciências agrícolas, e, no ranking geral, ficou em terceiro, após Estados Unidos e Grã-Bretanha. Outro aspecto impressionante da performance chinesa é a sua atuação política, com participação ativa em eventos no mundo inteiro, promovidos por ela mesma ou por terceiros, nos quais em geral anuncia substanciais aportes financeiros para países em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina, relacionando-os com a realização de obras e a venda de equipamentos chineses, a exemplo do que fizeram em épocas passadas os japoneses, alemães e norte-americanos.
Nesta semana, por exemplo, o país liderou a 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, ocorrida em Macau. Na oportunidade, também aconteceu a Conferência dos Empresários e Ministros da Área Financeira e foi criada a Federação Empresarial da China e dos Países de Língua Portuguesa. Na conferência em Macau, o tema principal foi a inovação do modelo de prestação de serviços financeiros e a promoção da cooperação industrial da China e dos países de língua portuguesa. O objetivo maior dos chineses no evento pareceu ser o de colocar Macau para concorrer com Hong Kong como plataforma de serviços financeiros para negócios entre a China e os países de língua portuguesa.
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