Maioria dos brasileiros teme fraudes
A grande maioria dos brasileiros já sofreu tentativa de fraude ou conhece alguém que tenha sido vítima e está atenta e apreensiva em relação a esses crimes e violações dos seus dados pessoais. No período de pandemia, o relacionamento da população com o meio digital tornou mais agudas essas questões com aumento do uso de meios eletrônicos, via celular ou internet por exemplo, para transações financeiras, trabalho e compras.
Embora uma grande parte perceba uma evolução positiva na segurança de seus dados pessoais, nos últimos cinco anos, um terço acredita que estão menos seguros e 22% não identificaram alteração no período. Já para os próximos cinco anos, 54% têm a expectativa de avanço na segurança e apenas 22% apostam que esses dados estarão ainda menos seguros. A maioria também considera que a privacidade nos meios eletrônicos virou um mito, e que tudo, ou a maior parte, das suas informações podem ser acessadas. Por isso, é grande a cobrança por maior eficiência e endurecimento da legislação que trata da proteção de dados.
Essas são algumas das revelações da 7ª edição do Observatório Febraban - Pesquisa Febraban-Ipespe, que buscou investigar a visão da sociedade sobre a segurança de dados no Brasil e os crimes envolvendo violação de informações pessoais. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 25 de junho, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país. Juntamente aos dados nacionais, haverá um recorte sobre o sentimento nas cinco regiões do país.
Segundo dados da febraban, no primeiro bimestre os ataques de phishing, a chamada pescaria digital, dobrou em relação ao ano passado, enquanto os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento ainda maior (340%). O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, destaca como resultado animador da pesquisa a constatação de que, apesar do medo e da preocupação preponderantes em relação à segurança de dados no país, a grande maioria dos brasileiros confia nas empresas e instituições com que transacionam.
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