Bancos alertam correntistas sobre golpe da mão fantasma

Criminosos pedem a instalação de um aplicativo para verificar falsas irregularidades na conta
Uma vez que o cliente dê a autorização para o funcionamento da ferramenta, o bandido terá o controle total do celular ou notebook

Com a sociedade cada vez mais digitalizada, criminosos estão criando novas abordagens para golpes aplicados há muito tempo, como o do acesso remoto, que ficou popularmente conhecido como golpe da mão fantasma. As estratégias são novas, mas as táticas, velhas: com o uso de técnicas de engenharia social, que consistem na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações em favor das quadrilhas. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) fez o primeiro alerta ainda em agosto de 2022. Neste crime, o bandido entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de banco. Usa várias abordagens para enganar o cliente: informa que a conta foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras artimanhas. E diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular.

Para dar maior credibilidade ao golpe, atualmente, os criminosos pedem que a vítima instale um aplicativo legítimo de acesso remoto, que passaram a ser muito usados por empresas e funcionários desde a pandemia. Uma vez que o cliente dê a autorização para o funcionamento da ferramenta, o bandido terá o controle total do celular ou notebook. A Febraban esclarece que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização. Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Além disso, para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente.

No caso do golpe do acesso remoto, os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites. Muitos usuários anotam suas senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou em outros locais do celular. Também há casos de clientes que usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet, e estes apps, em grande parte dos casos, não contam com sistemas de segurança robustos e a proteção adequada das informações dos usuários.

"O banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo ou ferramenta em seu celular. Se receber um contato com este pedido, desligue o telefone na hora e ligue de um outro telefone para os telefones oficiais de seu banco, que estão no verso de seu cartão", alerta Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban. Os aplicativos bancários estão disponíveis somente nas lojas oficiais, como a Google Play Store para dispositivos Android e a App Store para dispositivos Apple. Faria acrescenta que os bancos também nunca ligam pedindo senha nem o número do cartão ou ainda para que o cliente faça uma transferência ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar um problema na conta.

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Sexta, 04 Julho 2025

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