Curitibanos e suecos serão parceiros em projeto de emissão zero
Duas organizações curitibanas (Agentes do Meio Ambiente e Coletivo Ambiente Livre) e duas suecas (Smart Green Station e Nudgd) formam o time Curitiba Smart Neighborhoods, definido no Climate Smart Cities Challenge (Desafio Climático das Cidades Inteligentes) para a elaboração de um projeto de zero emissão de CO2 e de promoção do desenvolvimento socioambiental na capital paranaense. O anúncio da equipe vencedora foi feito nesta quarta-feira (28), pela ONU-Habitat e Viable Cities, promotores do desafio, por videoconferência transmitida de Estocolmo.
"Nossa cidade é um campo aberto à inovação e às boas ideias. As parcerias em projetos sustentáveis fortalecem as ações em curso na gestão do prefeito Rafael Greca e o alinhamento de Curitiba à agenda global pela mitigação dos efeitos das mudanças climáticas", disse o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur. Como parte final do Desafio do Clima, o time Curitiba Smart Neighborhoods deverá colocar em prática, em 2023, nas áreas do Vale do Pinhão e da Vila Torres (Rebouças e Prado Velho), o projeto-modelo baseado na Plataforma AMA (Agentes do Meio Ambiente) para redução de gases do efeito estufa com foco na sustentabilidade energética e gestão de resíduos.
A prefeitura de Curitiba foi representada na videoconferência pela arquiteta do setor de relações externas do Ippuc, Daniele Moraes, que apresentou os nomes dos parceiros da capital paranaense e reforçou o caráter do projeto. "Nosso desafio tem foco na neutralidade de carbono e uma abordagem abrangente. Buscamos uma solução colaborativa focando mobilidade, gestão de resíduos e eficiência energética, mas que traga também benefícios sociais com o envolvimento da comunidade e a geração de renda", observou Daniele.
Modelo cooperativo
A solução proposta para Curitiba tem por base um aplicativo para celular e web para a promoção do engajamento da comunidade com foco no projeto e nas necessidades locais. O CEO da Agentes do Meio Ambiente (AMA), Marcelo Crivano, destacou o modelo cooperativo da intervenção para que as metas sejam alcançadas. "Entendemos a solução apresentada como parte de todo o esforço a ser feito. Esperamos que o modelo gere muitos benefícios sociais à comunidade envolvida. É importante entender a complexidade do projeto e trabalhar em conjunto, integrando soluções para criar mais cidades resilientes", afirmou Crivano.
Os vencedores alinhados à proposta de Curitiba foram escolhidos por um grupo multidisciplinar formado por técnicos do Ippuc, Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Urbs, Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), PUCPR, UTFPR e integrantes da ONU-Habitat e Viable Cities.
Entre os demais parceiros de Curitiba na implementação do projeto, o Coletivo Ambiente Livre já é responsável pelo Compostroca, aplicado na Fazenda Urbana, que consiste no incentivo à compostagem e a utilização dos resíduos em hortas comunitárias. A sueca Smart Green Station desenvolve estações de transporte ecológicas e interativas por meio de módulos climatizados equipados com eletricidade, Wi-Fi, estações de carregamento para ciclistas, scooters elétricas, tomadas USB, sensores, iluminação noturna e opções de comunicação.
A também sueca Nudgd gerencia uma plataforma de orientação a escolhas sustentáveis, como possibilidades de deslocamentos via mobilidade ativa (a pé, bicicletas) ou transporte público, gestão de resíduos e alimentação saudável. Além de Curitiba, participam do Climate Smart Cities Challenge as cidades de Bogotá (Colômbia), Bristol (Reino Unido) e Makindye Ssabagabo (Uganda). As quatro participantes foram escolhidas após a chamada aberta com 58 inscrições de 54 cidades ao redor do mundo.
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