Quando o funcionário é o protagonista

A dinâmica das empresas, em tempos de acirrada competitividade global, não dá lugar a planos de carreira empacotados, à disposição dos interessados. Existem, naturalmente, modelos de gestão de pessoas que podem estimular a evolução profissional, viab...

A dinâmica das empresas, em tempos de acirrada competitividade global, não dá lugar a planos de carreira empacotados, à disposição dos interessados. Existem, naturalmente, modelos de gestão de pessoas que podem estimular a evolução profissional, viabilizando a emergência de talentos em condições de galgar posições-chave. No entanto, o pressuposto deve ser, sempre, o mais absoluto envolvimento do funcionário nesse processo. Compete a ele demonstrar competência e responsabilidade ímpares nos desafios e responsabilidades que lhe são atribuídas, comprometer-se em entregar resultados diferenciados e engajar-se nos objetivos comuns. De outra parte, cabe à companhia manter o caminho aberto e oferecer suporte por meio de uma comunicação direta e transparente entre liderança e liderados, seguida de feedbacks frequentes e experiências que exijam o melhor de cada um. 

Particularmente em empresas de maior porte, o gestor imediato exerce papel fundamental, como uma espécie de coach, que deve acompanhar de perto o desenvolvimento de sua equipe. Mas, novamente, o protagonismo deve ser de cada um, individualmente, não esperando que alguma oportunidade surja por encanto – e, isto sim, empenhando-se ao máximo na execução de seu trabalho, vestindo a camisa e contribuindo para o êxito da organização, ciente de que essa condição também irá beneficiá-lo.  

A Embraco entende que sua posição como uma das maiores fabricantes mundiais de compressores para refrigeração foi construída, entre outros fatores, a partir da gestão de talentos nos mais diversos campos e funções. A propósito, “Excelência em Talentos” é apontada como um dos pilares estratégicos da companhia. No modelo adotado pela empresa, as ferramentas utilizadas variam de acordo com a carreira em questão – se técnica, de liderança de projetos ou administrativa –, cada uma desenhada para avaliar o profissional de forma direta e objetiva. Uma delas leva o nome de Career Compass, ou “Bússola de Carreira”, concebida para ajudar o colaborador a mapear, discutir e documentar o seu plano de carreira, ou seja, identificar potenciais futuros papéis e experiências para se desenvolver. É uma ferramenta importante para promover o autoconhecimento do colaborador e também auxilia na construção do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).

Outro exemplo, batizado de EP&R (sigla em inglês para Desempenho Extraordinário e Resultados), é uma forma de autoavaliação. Ela permite ao colaborador não só refletir sobre os resultados alcançados, mas também acompanhar como atingiu tamanho desempenho. Entre outras coisas, isso dá à empresa um retrato do potencial de entrega de cada funcionário, do quanto cada um é capaz de exercitar na prática o espírito de liderança e de se aprimorar, ao mesmo tempo em que ajuda a desenvolver colegas de trabalho, por exemplo. O superior imediato também participa do processo, calibrando a percepção do colaborador sobre si mesmo e intervindo nos pontos críticos por meio de feedback e plano de ação. Isso resulta em recompensas adequadas, avaliação consistente, responsabilidade individual, maior motivação individual e engajamento. 

As ferramentas de RH da Embraco são balizadas por um modelo de liderança, lançado em 2014, que sinaliza atitudes, comportamentos e ações que devem orientar o comportamento dos colaboradores. Tudo pautado em um conceito simples e igualmente poderoso: de que todos somos líderes. O programa convida os profissionais a desenvolver quatro atributos. São eles: “viva e lidere os valores da Embraco”, “crie uma estratégia envolvente e inspiradora”, “conquiste e cultive seguidores” e, finalmente, “entregue resultados diferenciados”. Mas tudo isso só faz sentido e tem eficácia se o profissional estiver efetivamente comprometido com a carreira – e à medida que exista alinhamento entre liderado e líder. Um e outro, em suas posições, devem manter um relacionamento transparente, abordando de forma objetiva, mas construtiva, possíveis pontos de melhoria.

Ferramentas e modelo são produtos de anos de aprimoramento. Sem qualquer dúvida, a Embraco acredita na consistência de suas ações. Em 2016, a companhia seguirá com o treinamento e desenvolvimento de seus talentos, sempre utilizando o modelo de liderança como orientador. A Embraco entende que a capacitação está muito conectada com os desafios e oportunidades aos quais os profissionais estão sujeitos nos mais diversos cenários.

*Gerente de Recursos Humanos da Embraco Brasil.

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Sábado, 14 Dezembro 2024

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