IA: a nova fronteira da inovação
A Inteligência Artificial (IA) pode trazer muitas oportunidades de negócio para as empresas, mas também há diversas ameaças. Essas foram as principais conclusões do painel que antecedeu a cerimônia de premiação das Campeãs da Inovação do Sul realizado pelo Grupo AMANHÃ em parceria com o HotMilk, parque tecnológico da PUCPR em Curitiba, e que teve transmissão simultânea no YouTube (clique aqui para acessar). "Reconhecer quem está puxando a fila da inovação no Sul do Brasil é um termômetro importante para entender onde estão os movimentos mais consistentes de transformação nas empresas. E, mais do que premiar, é uma forma de inspirar, provocar e ampliar o impacto dessas iniciativas. Ter esse anúncio acontecendo aqui e fazer parte da promoção desse encontro, reforça nosso compromisso em estimular o ecossistema de inovação com ações reais, que conectam mercado, universidade e sociedade", salienta Marcelo Moura, diretor da HOTMILK PUCPR. O tema debatido nesta edição foi "A nova fronteira da inovação: Inteligência Artificial como estratégia" com as participações de Hitendra Patel, CEO do IXL Center, e de Lauro Valente, Head de TI Grupo Volvo.
Diretamente de Boston, Patel se dirigiu aos seus colegas gestores de inovação alertando sobre a responsabilidade que cada um tem em utilizar a IA de maneira correta e para o bem. Ao aconselhar os executivos, o especialista em inovação apontou as quatro maiores ameaças relacionadas com essa tecnologia. A primeira delas é existencial, pois uma inteligência superior que minimize o intelecto humano, pode levar a produtividade pessoal para baixo devastando civilizações. "Se a IA tiver uma otimização sem propósito, ela pode minimizar a inteligência humana sendo danosa. Pensem sobre isso", recomendou. A segunda ameaça é o papel que a IA terá na mudança climática, enquanto a terceira é ligada ao marketing. Na visão de Patel, a indústria da propaganda poderá fazer com que compremos produtos sem mesmo saber porque, afinal a IA poderá utilizar de subterfúgios psicológicos para alcançar o objetivo da venda. A última barreira é a guerra cibernética que pode trazer prejuízos financeiros, pois contas bancárias poderão ser zeradas em razão de ataques criminosos. "Vocês são agentes da mudança e podem usar a IA para inovar melhorando o planeta, a sociedade e as pessoas", sugeriu.
A complexidade do tema também foi abordada por Valente, da Volvo. Em sua palestra, ele tratou sobre como construir uma cultura de alta performance na nova ordem tecnológica. Na visão do executivo, as ondas de transformação, como eletrificação, digitalização e agora a revolução da IA, estão remodelando radicalmente negócios, carreiras e até o que significa ser humano. "Em um cenário volátil e acelerado, líderes e equipes precisam de novas habilidades, como fluência digital, domínio de IA e Big Data, além de um pensamento analítico e crítico", ensinou. Para Valente, resiliência, agilidade e flexibilidade são outros atributos muito importantes juntamente com propósito e capacidade de aprender e escalar rapidamente.
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