C.Vale: apoio para quem produz no campo

O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ. Uma iniciativa de 24 produtores rurais, na já longínqua década de 1960, deu origem a uma cooperativa de produtores no interior do Paraná. A história, que s...
C.Vale: apoio para quem produz no campo

O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ.


Uma iniciativa de 24 produtores rurais, na já longínqua década de 1960, deu origem a uma cooperativa de produtores no interior do Paraná. A história, que se repetiu por diversas cidades do Sul do Brasil, teve final feliz para a nova cooperativa gestada em Palotina. Hoje, a C.Vale é a segunda maior do país na modalidade singular – que opera diretamente com os produtores –, com 9,7 mil funcionários em suas divisões de negócios.

A origem da cooperativa remete à necessidade de alternativas para armazenagem, comercialização e fornecimento de insumos. Na época, muitos produtores não tinham como armazenar grãos – e ainda sofriam calotes de comerciantes que não pagavam pela produção que compravam. A primeira unidade para recebimento de cereais da então Campal – Cooperativa Agrícola Mista Palotina Ltda. – foi instalada na cidade de mesmo nome. Logo, em 1974, a cooperativa passou a explorar o oeste paranaense alterando o seu nome para Coopervale – Cooperativa Agrícola Mista Vale do Piquiri Ltda. Mais tarde, acompanhando o movimento dos agricultores locais, a cooperativa instalou-se em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com unidades de recebimento de grãos. Seguindo uma estratégia de ampliar a atuação, a C. Vale buscou locais onde havia grupos de associados e acompanhou o desbravamento das regiões pelos produtores paranaenses – característica preservada até hoje. 

Após ter enfrentado as condições precárias das estradas e a desconfiança de muitos produtores em relação às cooperativas – componentes que formaram o ambiente de sua fase inicial –, a C.Vale, mostrando-se uma entidade sólida, fortaleceu sua presença entre os associados. A consolidação foi reforçada com sua expansão por cinco estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – alcançando também o Paraguai. Em 1997, a busca por agregar valor aos produtos primários levou a cooperativa a investir em um complexo avícola. E a industrialização levou-a à atual denominação: C.Vale – Cooperativa Agroindustrial.

Com 148 unidades – 77 destas localizadas no Paraná –, a C.Vale tem sua atuação voltada para produção, administração, industrialização e comercialização de soja, milho, trigo, mandioca, leite, peixes, suínos e frangos. Também presta serviços como assistência agronômica e veterinária aos associados, além de financiar a produção, garantindo crédito aos produtores. A marca C.Vale é mantida ainda numa rede de supermercados com oito lojas no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E o sucesso não para por aí: a cooperativa tem atuação no mercado internacional com exportação de soja, milho e frango.

A posição de segunda maior cooperativa singular, não só no Paraná, como no Brasil, reflete uma produção de 4,1 milhões de toneladas de grãos e mandioca em 2017, e um faturamento de R$ 6,8 bilhões no ano – cifra que pode crescer próximo de 18% em 2018. Com o momento propício da agricultura brasileira, na quarta safra seguida de boas produtividades, a meta é alcançar R$ 10 bilhões em receita até 2019. Mesmo com as polêmicas enfrentadas pelo produto brasileiro no mercado internacional da carne, a cooperativa seguiu apresentando números impressionantes no ano de 2017: foram 46,2 milhões de quilos de carne suína, 306 mil toneladas de frango e 18 milhões de litros de leite produzidos. 

Presidente da C.Vale desde 1995, Alfredo Lang lembra que a cooperativa possui os principais certificados que garantem acesso aos mercados mais exigentes do mundo – caso do europeu e do japonês. “Por isso, a cooperativa aposta na qualidade da carne de frango para negociar com mercados que remuneram melhor”, explica. 

Com foco em números ainda melhores, a expectativa é ampliar a produção de frangos para 600 mil aves por dia, até o final de 2018, e a produtividade de soja para 100 sacas/hectare. Além disso, a C.Vale investiu cerca de R$ 110 milhões na construção de um abatedouro de peixes com capacidade para 150 mil tilápias por dia e possibilidade de expansão para 600 mil tilápias por dia.

Ao lado do agricultor
Com mais de meio século de atuação, a C.Vale persegue a sua missão de produzir alimentos com excelência de forma cooperada. Além de atender aos requisitos das certificadoras internacionais de qualidade – ISO 9001, BRC, HACCP, Global GAP –, o que garante acesso aos mercados mais exigentes do mundo, a cooperativa adota também uma política de gestão criteriosa, com a cobrança da rentabilidade de cada unidade ou negócio, e com uma rígida administração dos recursos emprestados. Aos seus associados, a C.Vale oferece acesso a novas tecnologias, assistência técnica, oportunidade de diversificação de atividades, e consequente incremento de renda e segurança na comercialização. “Fazemos a ponte entre as empresas que desenvolvem novas tecnologias e os produtores. Também promovemos cursos e treinamentos específicos para cada segmento de negócio”, explica Lang. 

Para a integração entre os produtores, a C. Vale aposta em atividades como dias de campo centralizados e regionalizados, para apresentar o potencial e as características de cada material testado pela cooperativa – como as variedades de soja e híbridos de milho. Preocupada com a sucessão dos negócios familiares, a C.Vale também promove um programa de qualificação focado no empreendedorismo, no estímulo à continuidade das atividades no campo e na formação de futuros líderes rurais, voltado aos filhos de cooperados. Ainda pensando na família dos produtores, a cooperativa oferece qualificação profissional para as associadas e esposas de cooperados, com oficinas de artesanato e produção de alimentos – atividades que incrementam a renda familiar dos produtores. 

Confiança no cooperativismo
Confiança, segurança e qualidade são os valores que a C.Vale se preocupa em transmitir aos seus 20.150 associados. Para o presidente da cooperativa, isso é o reflexo da sua atuação. “Quando agimos com honestidade nos negócios, comprometimento com o resultado das atividades, respeito ao consumidor, foco no cliente, e praticando a sustentabilidade, a marca transmite esses valores”, explica Lang.

Para a C.Vale, a força de uma marca está no valor que ela produz para as pessoas, para o crescimento sustentável da sociedade. Por isso, a companhia investe também no desenvolvimento de ações sociais, educativas e ambientais junto nas comunidades onde está inserida. Ciente da importância que tem no desenvolvimento econômico e na geração de emprego e renda nos estados em que atua, a C.Vale tem uma grande preocupação com a sua viabilidade econômica.

Foi dessa forma que a C.Vale apostou na diversificação da operação, investindo na avicultura, leite, peixes e suínos como atividades que garantem renda extra aos produtores. Na área avícola, a companhia emprega aproximadamente 5,3 mil pessoas. Com essa atividade, a cooperativa auxilia os associados na menor sujeição a culturas que dependem das condições climáticas. Na comercialização do frango, a cooperativa é pioneira em dividir o ICMS proporcionalmente pelos municípios produtores, de acordo com a produtividade de cada um. Assim, o imposto não fica concentrado apenas no município onde o abatedouro está localizado. 

Iniciativas desse tipo atestam o compromisso e o interesse da cooperativa com o desenvolvimento econômico e social da sociedade que a cerca. A C.Vale trilha esse caminho apoiando no campo quem é responsável por colocar alimentos na mesa dos brasileiros.

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Sábado, 14 Dezembro 2024

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