UEL terá primeiro parque tecnológico em uma universidade estadual do Paraná

O projeto completo tem investimento previsto de R$ 50 milhões
O prédio, de 2 mil metros quadrados, conta com apoio da construtora A.Yoshii, que doou o projeto arquitetônico e repassou R$ 12 milhões para a construção da estrutura

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) será a primeira instituição de ensino superior estadual do Paraná a ter um parque tecnológico em seu campus, na reigão Norte do estado. O projeto arquitetônico do novo espaço, que será um hub de inovação integrado à infraestrutura acadêmica e de pesquisa da universidade, foi apresentado nesta terça-feira (11) ao governador Carlos Massa Ratinho Junior. O Parque Tecnológico da UEL é fruto de muitas mãos e consolida a parceria entre a academia o poder público e o setor privado. Ele surge a partir de iniciativas já consolidadas na universidade, como a Agência de Inovação Tecnológica, que gerencia a propriedade intelectual e promove a interação com o setor produtivo; a Incubadora Tecnológica, criada com uma doação da empresa A.Yoshii, e o centro de inovação, que amplia a infraestrutura de apoio às startups em crescimento.

O prédio, de 2 mil metros quadrados, conta novamente com apoio da construtora A.Yoshii, que doou o projeto arquitetônico e repassou R$ 12 milhões para a construção da estrutura. O projeto completo tem investimento previsto de R$ 50 milhões, com a participação do governo estadual. "O Paraná está se consolidando como o estado mais inovador do Brasil, fruto dessa visão moderna de colocar a universidade junto com o setor privado, para trazer mais tecnologia", ressaltou Ratinho Junior. Ele também ressaltou a parceria com a iniciativa privada para tirar esse projeto do papel. "Quero agradecer muito à família Yoshi, ficamos muito felizes em ter pessoas assim nos ajudando a pensar o Paraná do futuro", disse.

Doadora do projeto junto com o marido, Atsushi Yoshi, a fundadora da construtora A.Yoshii, Kimiko Yoshi, explicou que a iniciativa é uma forma retornar à comunidade tudo o que pode conquistar graças à UEL. "O sentimento de gratidão é muito importante. Eu fiz duas faculdades na UEL e também pós-graduação, e toda a minha vida acadêmica eu realizei na UEL. Tanto meu marido, como eu, temos muita gratidão pelo que conquistamos", afirmou. "Não é a primeira doação que fazemos à UEL. Há 25 anos, doamos o espaço da incubadora Intuel, hoje a Aintec. Agora estamos doando a segunda etapa, complementando a primeira. Estamos muito felizes em poder contribuir com o crescimento da área de tecnologia na cidade, que representa o futuro do País e dos nossos jovens", ressaltou.

A implantação do parque da UEL trará grandes benefícios ao ecossistema de inovação local e de todo o Paraná, consolidando Londrina como um dos principais polos tecnológicos do País. Para a reitora da UEL, Marta Favaro, o novo espaço de inovação mostra a força da parceria entre academia, setores público e privado e os ex-alunos da universidade na criação de um polo de inovação em Londrina. "Teremos a possibilidade de potencializar o nosso arranjo de inovação e tecnologia. Já temos um trabalho intenso nos laboratórios e também pela Aintec, que é nossa agência de inovação", explicou. "A construção e organização desse espaço serão fundamentais para que possamos abrigar os projetos de pesquisa e atender as empresas de inovação. Vamos potencializar a relação da academia com o serviço que prestamos à sociedade em todos os seus setores", destacou a reitora.

Segundo o secretário estadual da inovação, modernização e transformação digital, Alex Canziani, a estrutura se complementa a outros projetos voltados à inovação que estão sendo executados na UEL. "Será o primeiro parque tecnológico dentro de uma universidade estadual do Paraná, um grande complexo que vai fechar o ciclo completo do processo de inovação", afirmou. "A ideia que começa na incubadora, uma startup que acaba crescendo, vai para esse novo espaço. Estamos terminando um novo projeto na UEL, que recebeu R$ 18 milhões do governo, que também vai dar suporte essas ideias", explicou Canziani. "E o próprio campus da UEL terá espaço para abrigar indústrias de base tecnológica, dando retorno à universidade". A ampliação do ambiente de inovação em Londrina também deve contribuir com a atração de investimentos à cidade, além de fortalecer a economia local e gerar novos empregos no setor tecnológico.

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Quarta, 12 Março 2025

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