Começou a “corrida do ouro” da fibra ótica na Grande Florianópolis
A Mais Internet, de Palhoça (foto), adquiriu a Gbit Telecomunicações, de Garopaba, em um movimento de consolidação do setor de pequenos e médios provedores de fibra ótica em Santa Catarina. A companhia, que recebeu assessoria da Stark – plataforma de fusões e aquisições para empresas de médio porte no mercado brasileiro – trabalha para ser a operadora líder em conectividade, alcançando 50 mil usuários até 2025 – hoje são cerca de 11 mil clientes. "Esse mercado está bem aquecido em todo o Brasil. Costumo dizer que é a nova corrida do ouro", comenta Gualtiero Schlichting, CBO da Stark. Nos últimos 30 dias a Stark anunciou outras duas transações, sendo uma de tecnologia em Florianópolis e um grande provedor de internet em Minas Gerais. A plataforma forneceu auditoria dos ativos, a modelagem financeira e as negociações contratuais para a companhia de Palhoça.
A Mais Internet não informa o valor pago pela Gbit, porém a companhia tem nada menos que R$ 3 milhões em caixa para futuras aquisições. Segundo Everson Mai, CEO e Fundador da Mais internet, ao menos mias uma empresa do segmento deverá ser adquirida até dezembro. No campo de visão de Mai estão três alvos, sendo que a Mais Internet já assinou contrato de confidencialidade com dois deles. Ele contou ao Portal AMANHÃ que o foco estratégico da expansão estará concentrado na Grande Florianópolis e no Litoral de Santa Catarina. "Palhoça está às margens da BR-101 e fica distante uma hora tanto de Laguna, como de Tijucas. Temos, assim, como alcançar nossos clientes e funcionários de forma rápida", justifica.
O empresário também destaca o fato de Palhoça ter um potencial de desenvolvimento muito grande. Um exemplo disso é a migração de novos moradores para a cidade, fator que faz a população aumentar anualmente cerca de 5% enquanto a média brasileira não passa de 1%. Além de ter aporte financeiro para novas aquisições, Mai revela que aprendeu a negociar de modo que o contrato seja bom para os dois lados. "Não pode ser dinheiro para lá e cliente para cá simplesmente. Na mesa de negociação temos de projetar o resultado daquela compra dentro de dois anos. Passado esse tempo, o negócio terá de continuar sólido e valorizado. Acaba sendo um modo de ver que realmente a aposta foi acertada, tanto para o comprador, como para o vendedor", ensina.
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