Dólar fecha em R$ 5,67 em meio a preocupações com pandemia

Bolsa recuperou-se das últimas quedas e subiu 1,5%
A moeda norte-americana subiu em todo o planeta, fechando nos maiores valores nos últimos quatro meses em relação às principais divisas internacionais

Num dia de preocupações globais com o avanço da pandemia, o dólar voltou a aproximar-se de R$ 5,70 e fechou no maior nível em duas semanas. A bolsa de valores, no entanto, recuperou-se da queda dos últimos dias e fechou em alta. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (25) vendido a R$ 5,67, com alta de 0,5%. A divisa operou próxima da estabilidade durante boa parte do dia, mas firmou a tendência de alta ao longo da tarde. A cotação está no maior valor desde 9 de março, quando tinha fechado em R$ 5,797.

Apesar das tensões no mercado de câmbio, a bolsa de valores teve um dia de ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 113.750 pontos, com avanço de 1,5%. Essa foi a primeira alta no indicador depois de três quedas consecutivas. A moeda norte-americana subiu em todo o planeta, fechando nos maiores valores nos últimos quatro meses em relação às principais divisas internacionais. Com o agravamento da pandemia em diversos países da Europa, os investidores externos passaram a procurar o dólar.

Fatores internos também pressionaram o mercado. As expectativas em torno do texto final do Orçamento Geral da União de 2021, que deve ser votado ainda nesta quinta, influenciaram as cotações. A preocupação com a inclusão de gastos de última hora que elevem as despesas do governo causou receios em relação à dívida pública.Na bolsa de valores, pesaram as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a autoridade monetária fará um ajuste rápido na taxa Selic (juros básicos da economia), mas que os juros continuarão em níveis menores que a taxa neutra, que não estimula nem desestimula a economia, conforme o Portal AMANHÃ noticiou. Juros mais baixos que a taxa neutra estimulam aplicações em investimentos de maior risco, como a bolsa de valores. Em contrapartida, pressionam o dólar para cima, pois reduzem a vantagem de o capital estrangeiro entrar no país.

*com informações da Reuters

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Quinta, 21 Novembro 2024

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