Morre o empresário Heitor Müller
Heitor José Müller foi um dos maiores empresários do Vale do Caí e do Estado. Natural de Tupandi, então distrito de Montenegro, Heitor foi um dos principais responsáveis pelo impulso à avicultura no Rio Grande do Sul. O empresário tinha completado 81 anos de vida no sábado (5). Casado com Nilsa Maria, Heitor teve três filhos, nove irmão se seis netos. A causa da morte não foi revelada.
Em razão da prosperidade e projeção da Frangosul, a empresa despertou o interesse do grupo francês Doux, que adquiriu a Frangosul, em 1998. Müller e os sócios continuaram atuando na multiplicação genética, por meio da Agrogen. Em 2009, eles retomaram a produção e comercialização de carne de frango, fundando a Vibra, que possui operações no Rio Grande do Sul e em outros estados brasileiros.
A prosperidade nos negócios, em grande parte, se deve à bem-sucedida parceria com o sócio Flávio Sérgio Wallauer. Os perfis se completavam: enquanto Heitor desempenhava funções administrativas e de relações institucionais, Flávio liderava as estratégias comercial e financeira das empresas. "O Heitor era alguém que tinha um apreço especial pelas pessoas e tratava a todos muito bem. Nos negócios, era muito dedicado. Dizia sempre que cada um precisava fazer a sua parte para não sobrecarregar o outro. Foi um líder, que soube trabalhar sua personalidade carismática para o fortalecimento do negócio, com responsabilidade social", destaca Wallauer, que atualmente preside o Conselho de Administração da Vibra — do qual Heitor era vice-presidente até 2019.
Heitor Müller também era acionista da Fundimisa, empresa de Santo Ângelo que é a maior fundição de ferro do Estado e uma das maiores do país. Em paralelo às atividades empresariais, Müller presidiu a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) por dois mandatos, entre 2011 e 2017. A gestão de uma das entidades mais influentes do Estado teve dois períodos bem distintos. O primeiro mandato foi em meio ao crescimento da economia. O segundo ocorreu durante uma das maiores recessões da história do país.
Mesmo em tempos de crise, o plano de investimentos do Sesi, do Senai e do Instituto Euvaldo Lodi — todos ligados à presidência da Fiergs — teve continuidade. No IEL, o principal legado foi a adequação da educação executiva com cursos mais efetivos, a custo menor. No Sesi, foram implantadas escolas de Ensino Médio que até hoje são referência nacional em educação. Por meio do Senai, foram erguidos dois Institutos de Inovação e seis de Tecnologia.
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