“Se você não estiver pensando em celulares antes do desktop, você já perdeu”
Que investir em otimização de sites é um dos pilares de uma boa estratégia de marketing digital, muita gente já sabe. Mas como ir além quando o assunto é fazer o mesmo para os mecanismos de busca? Foi para responder a perguntas como essas que Maryna Hradovich (foto), vice-presidente de crescimento e desenvolvimento estratégico da SEMrush, uma das ferramentas mais renomadas de inteligência de marketing e pesquisa competitiva do mundo, estruturou a palestra que apresentou nesta sexta-feira (9) no RD Summit 2018, em Florianópolis (SC). Maryna contribuiu para o desenvolvimento da SEMrush nos Estados Unidos e ajudou a empresa a evoluir de uma startup em fase inicial para a empresa que mais cresce em seu ramo. Atualmente, lidera iniciativas de parcerias e desenvolvimento de negócios estratégicos da SEMrush em novos mercados.
Ela focou a apresentação em três tendências: dispositivos móveis, inteligência artificial e pesquisas por voz. “Não é nenhuma surpresa que as buscas móveis superaram o desktop. Vocês devem estar pensando que não se aplica a sua indústria, mas, mesmo para bancos, quase 40% das pesquisas nascem em dispositivos móveis”, anunciou. Maryna explicou que vários problemas podem acontecer quando se tem um site separado para desktop e dispositivos móveis. “Você tem de garantir que o conteúdo seja o mesmo tanto no computador quanto no celular”, reiterou. Segundo ela, o melhor a fazer é mudar para um website responsivo. Maryna citou o exemplo do portal da Sephora, que é muito bom, mas a versão para mobile tem dez vezes mais erros.
Outro fator que pode trazer problemas se não estiver funcionando bem é a velocidade da página. Carregar rapidamente é um fator de ranqueamento em dispositivos móveis. De acordo com ela, 70% dos sites demoram mais de sete segundos para carregar. Ao mesmo tempo, 53% dos visitantes usando dispositivos móveis deixam a página se ela não carrega em três segundos. “Um pequeno conserto na velocidade do site pode ter um grande efeito no tráfego”, explica. Para resolver, ela sugere o uso de Accelerated Mobile Pages (AMP). “Não estou dizendo que SEO [ou Search Engine Optimization, nome técnico dado para o ato de otimizar sites] básico não importa, mas precisamos pensar no futuro, e mobile já está aqui. Se você não estiver pensando em dispositivos móveis antes do desktop, você já perdeu”, concluiu.
A especialista também adentrou nos terrenos de inteligência artificial e machine learning. “No passado o Google analisava palavra por palavra, mas hoje está ficando mais esperto”, brincou. Ela explicou que, caso muitos usuários visitam um site a partir dos resultados de uma busca, mas ficam pouco tempo e retornam ao Google, o buscador entende que o resultado não é relevante. E se o fato se repetir com muitas pessoas, o site pode acabar caindo no ranking. Por outro lado, se o conteúdo é consumido por mais tempo, o Google presume que o site é bom. “Para se dar bem, é preciso entender a intenção do usuário e as perguntas feitas por ele. Use títulos com os quais o público se identifique, de acordo com questões populares. Além disso, utilize palavras-chaves semanticamente relacionadas, já que o Google é cada vez mais semântico”, ensinou mais uma vez. De acordo com Maryna, o mercado de pesquisa por voz será bilionário em 2025. Atualmente, uma a cada cinco buscas móveis são feitas por voz, mas isso deve aumentar ano a ano. Por essa razão, para otimizar um site para buscas por voz, vale levar em conta que, quando os usuários fazem esse tipo de pesquisa, eles usam perguntas diretas. “Dê o que eles precisam: crie conteúdo holístico”, garantiu.
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