Tereza Cristina afirma que Nova Ferroeste será “uma avenida de oportunidades”

Ministra da Agricultura participou de reunião com os governadores do Paraná e do Mato Grosso do Sul
“O Brasil ficou muito tempo atrasado com ferrovias. Queremos ver as coisas acontecerem e o governo federal dará todo o apoio ao Paraná e ao Mato Grosso do Sul”, declarou a ministra

A evolução nos estudos da Nova Ferroeste, também conhecida como Corredor Oeste de Exportação, foi o tema da reunião, nesta quarta-feira (16), do governador Carlos Massa Ratinho Junior com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e equipe do Ministério da Infraestrutura.

A ministra Tereza Cristina, que é sul-mato-grossense, disse estar preocupada com as exportações de grãos dos dois estados. "Tenho uma preocupação com as exportações de grãos, como o milho, por exemplo. Podemos e temos de produzir mais, existe demanda internacional para isso. Nesse sentido, o projeto se torna uma avenida de oportunidades. O Brasil ficou muito tempo atrasado com ferrovias. Queremos ver as coisas acontecerem e o governo federal dará todo o apoio ao Paraná e ao Mato Grosso do Sul", declarou a ministra.

O coordenador do plano estadual ferroviário, Luiz Fagundes, apresentou à ministra Tereza Cristina, o andamento do novo traçado e as expectativas para 2021. "Esse será o segundo maior corredor de exportação do Brasil e queremos deixar esse projeto com a licença prévia pronta antes do leilão. Iremos ao Mato Grosso do Sul em janeiro para estudar as opções de traçado e estamos dentro do cronograma", explicou.

Nova rota ferroviária
Ratinho Junior destacou que a nova rota ferroviária, que ligará Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá, é imprescindível para a melhoria do agronegócio e da infraestrutura brasileira e reiterou o pedido de apoio do governo federal para agilizar processos e licenciamentos ambientais. "O apoio dos ministérios é fundamental para nos ajudar a agilizar as questões burocráticas ambientais. Os estudos são realizados sempre buscando o melhor traçado, com menor impacto possível", afirmou o governador.

Azambuja também reiterou o pedido de apoio do governo federal. "Entendo que precisamos agilizar os processos que tramitam nos governos dos estados, como também pelo governo federal", disse ele. "Temos um percurso a cumprir, precisamos abreviar o tempo para trazer os investidores para o empreendimento da nova ferrovia, que é muito importante para o País", enfatizou. Ele ainda reafirmou a importância do projeto da Nova Ferroreste para o Brasil e não somente para o Paraná e Mato Grosso do Sul. "É mais uma ligação ferroviária ao Porto de Paranaguá, que é um porto extremamente competitivo. Esse projeto dará competitividade às exportações. O Brasil precisa ter uma logística favorável ao setor produtivo", completou.

Cooperação técnica
A nova malha ferroviária, que terá até 1.371 quilômetros de extensão, inclui a construção de uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel, um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá, um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu, além da revitalização do atual trecho da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava. Ainda não há um valor definido para a obra, já que o projeto está em fase de elaboração. Em agosto, o Paraná firmou um acordo de cooperação técnica com o Mato Grosso do Sul para acelerar projeto. A empresa TPF Engenharia, foi contratada pelo governo para execução dos Estudos de Viabilidade Técnico-operacional, Econômico-Financeira, Ambiental e Jurídica (EVTEA), que devem ficar prontos em 2021.

O governo propõe a abertura da concessão do projeto para a iniciativa privada. Em junho, a Ferroeste foi qualificada para integrar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, atendendo a um pedido feito pelo Governo do Estado. Com a inclusão no PPI, a União vai ajudar o Paraná com apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores.

A expectativa é colocar a Ferroeste em leilão na B3 – Bolsa de Valores do Brasil até novembro de 2021, já com o EVTEA e o EIA/RIMA concluídos. O modelo de concessão está sendo discutido pelo grupo de trabalho que elabora o Plano Estadual Ferroviário do Paraná, instituído pelo governador Ratinho Junior em julho.

O Corredor Oeste de Exportação resolverá um problema histórico de infraestrutura do Paraná, com impacto para o Brasil e para o Mercosul. O novo traçado vai ligar o Paraná à malha ferroviária nacional, beneficiando as principais potências do agronegócio nacional, além do Paraguai, que é hoje um dos principais produtores mundiais de grãos.

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Quinta, 21 Novembro 2024

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