Sul abrigará primeiro projeto piloto de energia eólica offshore flutuante do país

Liderado pela empresa japonesa JB Energy, Aura Sul Wind será instalado em Rio Grande
Fase de testes será iniciada a partir de 2030

O Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS) apresentou oficialmente na semana passada o Aura Sul Wind, o primeiro projeto piloto de energia eólica offshore flutuante do Brasil. Liderada pela empresa japonesa JB Energy, a iniciativa é fruto de um consórcio internacional, que reúne empresas, entidades e governos, prevendo a instalação de uma plataforma em águas profundas, próximo ao porto, da cidade de Rio Grande (RS), para iniciar a sua fase de testes a partir de 2030. O Rio Grande do Sul foi escolhido por reunir condições excepcionais para o offshore flutuante, como fortes regimes de vento, águas profundas próximas à costa e portos estruturados, em especial o Porto de Rio Grande, que será fundamental para a montagem e operação da plataforma. "O projeto reforça a posição do Rio Grande do Sul como polo estratégico de inovação e transição energética no Brasil", afirma Daniela Cardeal, presidente do Sindienergia-RS, entidade que também integra o consórcio.

A plataforma flutuante a ser utilizada no projeto é baseada na tecnologia Raijin FOWT ® (floating offshore wind turbine), desenvolvida no Japão, país onde projetos pilotos de plataforma para eólica offshore flutuante já operam com sucesso desde 2013. Projetada para águas profundas (acima de 50 metros), onde fundações fixas não são viáveis, o equipamento se destaca por sua estrutura modular de concreto armado. Uma alternativa que reduz em até 50% tanto o custo quanto o tempo de construção, além de 50% da emissão de carbono, quando comparada a estruturas similares em aço. "A grande vantagem deste sistema flutuante é a facilidade na construção e instalação da fundação, e o uso de concreto, material que o Brasil domina tecnologicamente e produz em larga escala, o que reduz os tempos e custos de realização. Isso também ativa uma cadeia produtiva local e acelera a industrialização do setor offshore no Brasil", explica Rodolfo Gonçalves, especialista em energia eólica offshore, conselheiro da JB Energy e professor da Universidade de Tóquio, no Japão.

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Terça, 17 Junho 2025

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