Brasil e Argentina aprofundam estudos de gasoduto no Sul

Investimento conjunto poderá totalizar quase R$ 26 bilhões
Obra pode levar 18 meses para ser concluída

As negociações entre Brasil e Argentina por um gasoduto ligando o país vizinho até Porto Alegre estão avançadas. De acordo com a edição on-line do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (14), o novo embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, apresentou formalmente ao governo Jair Bolsonaro o projeto para escoar a produção de Vaca Muerta até a capital gaúcha. O plano é fazer uma conexão com a rede brasileira para abastecer, além do Rio Grande do Sul, o Paraná, Santa Catarina e também São Paulo.

A ligação entre a província de Neuquén, onde ficam as jazidas, e a fronteira com o Brasil em Uruguaiana (RS) custaria algo em torno de US$ 3,7 bilhões e seria bancado pela Argentina. O trecho Uruguaiana-Porto Alegre, orçado em US$ 1,2 bilhão, ficaria sob responsabilidade brasileira. Segundo a cotação da moeda norte-americana desta segunda, o valor total do empreendimento ficaria em torno de R$ 25,9 bilhões. Estima-se que a obra levaria em torno de 18 meses e, uma vez concluída, aumentaria para 15 milhões de metros cúbicos por dia o envio de gás argentino. No entanto, acapacidade total pode chegar a 30 milhões de metros cúbicos ao dia, a mesma do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol).

De acordo com a publicação, com essa nova infraestrutura, a Argentina quer impulsionar o uso do gás de Vaca Muerta pela indústria brasileira. Atualmente o insumo tem custo final perto de US$ 11 em São Paulo, mas poderia chegar na capital gaúcha com um valor de US$ 7 por milhão de BTU (unidade de referência no setor). O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, deve ter reunião virtual no fim deste mês com o secretário de Energia da Argentina, Darío Martínez, para explorar o assunto.

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Sexta, 26 Abril 2024

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