Acessos rodoviários são principais desafios para terminais da Baía da Babitonga

Fiesc destaca falta de planejamento nacional que considere corredores logísticos industriais como prioritários
Santa Catarina é o segundo estado em movimentação de contêineres

A produção industrial catarinense e suas complexidades não estão devidamente contempladas no planejamento da logística nacional e na definição de corredores logísticos prioritários e suas intermodalidades, a despeito do potencial do estado na movimentação de contêineres. Essa é a avaliação do presidente da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Egídio Martorano. Em evento organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, ele destacou a situação precária dos corredores rodoviários que dão acesso aos portos e afirmou que neles estão os principais entraves para o desenvolvimento ainda maior da atividade portuária.

Segundo maior estado na movimentação de carga industrial, Santa Catarina ainda sofre com acessos deficientes aos portos, com a falta de ferrovias para o transporte de carga geral e contêineres e com a falta de previsibilidade de investimentos federais na infraestrutura do estado. As rodovias federais estão entre os principais corredores logísticos e, em muitos trechos, apresentando níveis operacionais pouco eficientes, classificados na categoria F de serviço pela Highway Capacity Manual (HCM). Martorano destacou ainda em sua apresentação durante painel sobre o "Potencial Logístico Portuário da Baía da Babitonga" que o complexo portuário tem um enorme potencial e uma importância ímpar para a economia do estado e que os investimentos previstos pelo Porto Itapoá, corroboram essa perspectiva. Para explorar todo o potencial da Baía, no entanto, é preciso segurança jurídica e um planejamento de longo prazo, pensando no desenvolvimento dos portos como parte de uma política industrial efetiva para o país.

O presidente do Porto Itapoá, Ricardo Arten, deu detalhes sobre a iniciativa inédita entre o terminal e o estado de Santa Catarina para viabilizar a obra de dragagem do canal de acesso à Baía da Babitonga. Realizada por meio de uma Parceria Público-Privada entre o governo catarinense, o Porto de São Francisco do Sul e o Porto Itapoá, a dragagem elevará a profundidade do canal de 14 para 16 metros, possibilitando a operação de navios com até 366 metros de comprimento totalmente carregados — algo inédito no Brasil. "Santa Catarina já se destaca pela diversidade industrial, logística e pela vocação exportadora. Agora, com investimentos estruturantes e uma gestão integrada, o Estado deu um salto em competitividade, mudando o jogo para o Brasil inteiro", afirmou Arten.

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Sexta, 13 Junho 2025

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