Setor de máquinas projeta queda de 2,5% no faturamento anual

Em relação ao mês anterior, houve crescimento de 4,7%
Após três meses consecutivos de queda nas vendas do mercado interno, houve crescimento de 2,3% em relação a setembro do ano passado

O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos variou 0,1% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. O balanço foi divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em relação ao mês anterior, houve crescimento de 4,7%. A receita líquida total ficou em R$ 29,7 bilhões. De janeiro a setembro, o setor acumula queda de 4,4%. Para o ano, Abimaq projeta um recuo de 2,5% no faturamento. "No caso do setor de máquinas, lá no início do ano, estávamos prevendo um crescimento de 3%. Nós tivemos o problema durante o ano, com o aumento das taxas de juros, que subiram bastante na ponta, seja para capital de giro, como para investimentos, e isso prejudicou um pouco o resultado", avaliou José Velloso, presidente da Abimaq.

O resultado, segundo a Abimaq, reflete uma melhora das vendas no mercado doméstico. Após três meses consecutivos de queda nas vendas do mercado interno, houve crescimento de 2,3% em relação a setembro do ano passado. No acumulado do ano, no entanto, de janeiro a setembro, as vendas internas acumulam queda de 5,8%. Apesar de se manter negativo, houve uma melhora em relação à última divulgação, quando o percentual ficou negativo em 6,9%. As exportações do setor registraram crescimento de 6,6% na comparação com setembro de 2021, mas o impacto na receita total de vendas no período foi negativo (-8,4%), tendo em vista paridade cambial e inflação.

Na análise por segmento, na comparação com agosto, apenas as exportações de máquinas para petróleo e energia renovável tiveram crescimento (3,9%). Na comparação anual, os números são positivos para todos os grupos, com destaque também para o de petróleo que registra alta de 104,5% no faturamento com as exportações. "Os únicos dois grupos que não cresceram foram de máquinas para infraestrutura e máquinas de transformação. Os demais todos cresceram neste período", aponta Maria Cristina Zanella, gerente divisional de economia, estatística e competitividade da Abimaq. Ela acrescenta que, para o último trimestre do ano, se projeta crescimento em relação ao terceiro trimestre, "mas que aparentemente não vai compensar a queda que a gente acumulou desde o início do ano". "Estamos prevendo para este ano uma queda ao redor de 2,5%, por conta do primeiro semestre muito mais fraco."

Com Agência Brasil

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Sexta, 22 Novembro 2024

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