Produção industrial tem nova queda e recua 0,6%

Após recuo de 0,1% em maio, a indústria nacional registrou nova queda em junho, com recuo de 0,6% na produção. A perda de ritmo do setor, na comparação com maio, reflete a redução da produção em 17 das 26 atividades e em todas as grandes categorias e...
Produção industrial tem nova queda e recua 0,6%

Após recuo de 0,1% em maio, a indústria nacional registrou nova queda em junho, com recuo de 0,6% na produção. A perda de ritmo do setor, na comparação com maio, reflete a redução da produção em 17 das 26 atividades e em todas as grandes categorias econômicas de bens intermediários, de consumo e de capital. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quinta-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Entre as 17 atividades que puxaram a produção para baixo, estão produtos alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%). Essas três atividades representam cerca de um terço da produção total e seguiram o comportamento da indústria, com seu segundo mês de queda. “São segmentos importantes que precisam de uma demanda doméstica mais fortalecida e que são diretamente afetados por um mercado de trabalho ainda longe de uma recuperação consistente”, explica André Macedo, gerente da pesquisa.

Entre os nove ramos que ampliaram a produção em junho, destaque para as indústrias extrativas. O setor avançou 1,4% em relação a maio, a segunda taxa positiva consecutiva, interrompendo quatro meses de queda, quando acumulou -25,6%. Já na comparação com junho de 2018, o setor extrativo caiu 16,3% e exerceu a maior influência negativa, ainda pressionado pelos efeitos do rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG).

Na comparação com junho de 2018, a queda da indústria foi mais acentuada, de 5,9%, acumulando -1,6% no primeiro semestre do ano. Além da redução de ritmo, o efeito calendário contribuiu negativamente, já que junho de 2019 teve dois dias úteis a menos que junho do ano passado. 

A pesquisa apontou resultados negativos também nos últimos 12 meses, com recuo de 0,8%, mantendo a trajetória descendente iniciada em julho do ano passado. Com esse resultado, a indústria está 17,9% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011. 


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