Produção industrial desacelera em setembro diante da demanda insuficiente

Alta carga tributária, falta de demanda e juros elevados estão no topo do ranking de principais problemas, mostra CNI
Entre diversos fatores, desaceleração da indústria resulta de demanda mais fraca do que o esperado pelos empresários

A indústria fechou o terceiro trimestre do ano apresentando mais sinais de dificuldades. De acordo com a Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta segunda-feira (20), a produção do setor estagnou em setembro, enquanto os estoques se acumularam e o emprego recuou. Além disso, os empresários demonstram maior preocupação com a demanda interna insuficiente. Quando questionados sobre os três principais problemas enfrentados por suas empresas no período, os principais problemas apontados pelos empresários foram alta carga tributária (37,8%), falta de demanda interna (28,8%) e juros elevados (27,3%). 

"Os dados mostram um quadro difícil para a indústria. É importante notar que o acúmulo de estoques indesejado ocorre mesmo com um freio da produção. É um sinal de que a demanda veio mais fraca do que os empresários esperavam", avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O índice que mede a evolução da produção industrial registrou 50,1 pontos em setembro, o que aponta estabilidade em relação a agosto. O índice de evolução do emprego, por sua vez, foi de 48,9 pontos. Abaixo da linha divisória (50 pontos), indica queda do número de trabalhadores industriais na comparação com agosto. O resultado é atípico, já que, desde 2020, esse indicador registrava crescimento no período, com exceção de 2023.

Já o índice de evolução do nível de estoques registrou 50,8 pontos, indicando que houve acúmulo de estoques entre agosto e setembro. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve em 70%. O percentual, no entanto, é menor do que o registrado em setembro do ano passado, quando a UCI chegou a 72%.

O índice de intenção de investimento da indústria passou de 54,4 pontos para 54,8 pontos. O resultado recupera parte das perdas do indicador entre dezembro de 2024 e setembro de 202,5 quando caiu 4,4 pontos.

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Segunda, 20 Outubro 2025

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