CNI registra aumento na confiança em 21 setores
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial subiu em 21 e caiu em oito setores em outubro, revela levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (24). O indicador cresceu entre todos os portes de empresa e em três das cinco regiões do país. Ainda assim, o avanço não foi suficiente para reverter o quadro de falta de confiança.
A explicação é simples. Apesar de o ICEI ter subido em 21 setores, apenas cinco segmentos ultrapassaram a linha de 50 pontos, que indica um estado de confiança: farmoquímicos (56,7), serviços para construção (54,9), extração de minerais não-metálicos (54,2), manutenção (51,7) e perfumaria e higiene (50,9). Os demais 24 setores seguem pessimistas, com destaque negativo para metalurgia (41,5), calçados (43,4), couros (43,4) e madeira (44).
"Essa alta generalizada do índice é uma boa notícia. Contudo, a maioria dos recortes continua sem confiança, especialmente por conta das perdas que se acumulam desde o início do ano", pontua Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI. Em outubro, o ICEI das pequenas empresas subiu um ponto, para 46,7 pontos, interrompendo queda de quatro meses consecutivos. Ainda assim, os empresários desse porte industrial seguem sem confiança, pois o indicador se situa abaixo da linha de 50 pontos.
Nas médias empresas, o índice cresceu pela segunda vez consecutiva: alta de um ponto, chegando aos 47,9 pontos, mas ainda distante do patamar de confiança. Entre as grandes indústrias, o indicador subiu 1,4 ponto, passando de 47,2 pontos para 48,6 pontos. Esse é o porte de empresa que está mais perto de reverter o quadro de falta de confiança.
No recorte geográfico, o ICEI cresceu em três das cinco regiões. No Sul, subiu 1,3 ponto, para 45,1 pontos; no Sudeste, 1,5 ponto, alcançando 46,8 pontos. Mesmo assim, os empresários dessas regiões continuam sem confiança. Na região Nordeste, o indicador subiu 0,6 ponto, chegando aos 52,1 pontos, intensificando o otimismo. O Centro-Oeste teve o pior resultado em outubro: retração de 1,2 ponto, fazendo o indicador cair para 49,6 pontos, patamar de falta de confiança. Na região Norte, o indicador caiu 1,1 ponto, para 46,8 pontos, o que aprofundou a falta de confiança local.
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