Techroad debate ecossistema de inovação no South Summit
Representantes das cinco cidades brasileiras que integram o Techroad participaram de um debate no segundo dia do South Summit Brazil sobre o atual estágio do programa e a importância da iniciativa. Os municípios pertencem à lista dos 20 melhores para empreender do país, de acordo com o ranking geral do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com apoio da Endeavor. O estudo buscou avaliar quais são as cidades mais propícias para se empreender no Brasil. O Techroad – programa entre Curitiba, Joinville, Florianópolis, Porto Alegre e Caxias do Sul – foi criado na primeira edição do South Summit Brazil, no ano passado, para fortalecer a região Sul na captação de investimentos, novos negócios, eventos e formação de mão de obra qualificada.
O secretário municipal de Inovação, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, disse que não há futuro sem inovação. "A união de nossos potenciais, explorando as vocações econômicas de cada cidade, com foco no desenvolvimento social, faz com que possamos atrair mais negócios", afirma. O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, salientou os esforços que têm feito para desburocratizar o município. A cidade gaúcha criou, por exemplo, a Lei Municipal de Inovação, programas como o Inova Caxias, o Startup Caxias, um conselho de inovação para pensar as políticas públicas e as ações do governo, além de um fundo para investimento da inovação. Caxias do Sul alcançou a 21ª posição no ICE. Foram analisadas 101 cidades, conforme 48 indicadores, divididos em sete determinantes: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. No pilar Inovação, Caxias se destaca ocupando o primeiro lugar no Rio Grande do Sul e o sexto lugar no Brasil. "Estamos trabalhando fortemente na desburocratização, simplificação de processos, informatização e, acima de tudo, buscando redução da carga tributária", complementa Didomenico.
O representante de Curitiba, Paulo Krause, destacou que a união é o melhor ativo do programa e citou como exemplo a participação no WebSummit Lisboa no ano passado. O palestrante de Joinville, Fernando Bade, assegura que os ecossistemas das cinco cidades usufruem dos recursos que são investidos no programa. Ele, que é secretário de desenvolvimento econômico e inovação, destaca a desburocratização na abertura de empresas com uma das principais ações que fez a cidade se fortalecer no empreendedorismo. "As novas tabelas de risco, alteração no zoneamento de algumas áreas em que as empresas podem ser instaladas, ações ligadas à inovação como a tecnologia 5G e a Lei das Startups: isso tudo somado fez com que a cidade se transformasse em um ambiente ainda mais agradável para os negócios", comemora. O participante de Florianópolis, Juliano Peres, considera que os bons resultados alcançados são a matriz econômica inovadora e a base tecnológica, mas principalmente a qualidade do capital humano.
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