Sartori: “O serviço público precisa de gestão”
Em sua última participação como palestrante do Tá na Mesa, enquanto governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (foto) utilizou as quase duas horas do evento para se debruçar sobre quatro grandes eixos, batizados pela atual gestão como Legados, e que abrangem as áreas Financeira, Administrativa, Social e Política do Estado. A reunião-almoço aconteceu nesta quarta-feira (21), no Salão Nobre do Palácio do Comércio, sede da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), que reuniu quase 300 pessoas.
Sartori relembrou que o Estado, no início de sua gestão, tinha um déficit de R$ 25 bilhões, e com muita austeridade e enxugamento da máquina pública, o montante foi reduzido para R$ 8 bilhões, no fim deste ano. “Enfrentamos a maior crise econômica da história do Brasil. Maior que a Crise de 29. Nunca vi na minha vida pública um período igual a esse que estamos vivendo”, reiterou. O governador lembrou que suas primeiras ações começaram logo nos primeiros dias, com o contingenciamento de gastos do Executivo; redução de 13 secretarias (atualmente são 16); extinção de nove fundações, uma companhia e mais uma autarquia. “Mesmo com o desgaste de atrasar salários, preservamos o patrimônio público. Preservamos o patrimônio que pertence ao Banrisul. Além disso, promovemos o orçamento realista. No legado administrativo fizemos uma mudança muito profunda. Não nos vergamos aos interesses corporativos. Não fizemos promessas. Fizemos o que precisava ser feito. Acho que os gaúchos entenderam o que fizemos”, refletiu. “Com certeza vamos entregar o Estado num situação financeira muito melhor do que recebemos. Apesar das divergências, o Estado é maior que todos nós”, avaliou.
Inovação e transparência administrativa também foram elencadas pelo governador, que citou o programa de permuta de imóveis e as Parcerias Público-Privadas (PPPs) da Corsan, em vias de ser aprovada, faltando apenas a ratificação do Legislativo de Canoas. “O serviço público precisa de gestão. Não se admite mais, no momento histórico pelo qual passamos, que não se faça gestão. Tentamos ouvir a alma silenciosa da sociedade. Política social não é monopólio de um partido político só”, finalizou.
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