RS lança plano para atingir PIB anual de 3% até 2030

Essa média foi de 1,6% entre 2002 e 2021
No âmbito do capital humano, o Piratini [sede do governo gaúcho] pretende ampliar escolas em tempo integral, elevar a permanência no ensino básico e aumentar a qualidade da educação professional

O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta quarta-feira (30) seu plano de desenvolvimento econômico, inclusive e sustentável. Um dos pilares do programa é atingir taxa de crescimento anual do PIB de até 3% em seis anos – entre 2002 e 2021, essa média foi de 1,6%. Outra providência será atrair talentos para o estado. Nas últimas duas décadas, por exemplo, o Rio Grande do Sul teve um fluxo de emigração de 700 mil pessoas. Nesse mesmo intervalo de tempo, Santa Catarina atraiu mais de 2 milhões de pessoas. A partir das análises e projeções realizadas, foram identificados 12 setores nos quais o Rio Grande do Sul é competitivo e há demanda crescente. Em cada um dos grupos, foram destacados produtos e serviços mais complexos e inovadores que reúnem grande chance de avanços. Com o objetivo de atrair investimentos para o estado foi criada a agência de desenvolvimento Invest RS que será presidida por Rafael Priklandnicki, ex-diretor do Tecnopuc. A equipe da agência será formada por profissionais selecionados no mercado. Todo o projeto foi desenvolvido com base na metodologia da consultoria McKinsey, cujos estudos iniciaram antes das enchentes (veja o detalhamento de todo o plano no material ao final desta reportagem).

Além de fazer com que o estado receba em cerca de 17 anos aproximadamente 850 mil novos habitantes, também será preciso fazer com que a produtividade do trabalhador seja maior. Com esse objetivo, foram desenhadas 41 iniciativas para implementação. No âmbito do capital humano, o governo gaúcho pretende ampliar escolas em tempo integral, elevar a permanência no ensino básico e aumentar a qualidade da educação professional. No ambiente de negócios uma das diretrizes será facilitar a realização de novos investimentos. Atualmente o Rio Grande do Sul está em 22º lugar no ranking nacional de facilidade de fazer negócios. "Quando a gente conversa com empresários, o tom de crítica é bastante forte por causa da regulação de licenciamento [ambiental], por exemplo, e toda a burocracia associada. A minha percepção é que a gente melhorou em algumas coisas já, mais ainda tem um caminho longo pra fazer aqui, de tornar o ambiente mais amigável para receber investimentos", relatou Sérgio Canova Júnior, consultor da McKinsey que apresentou o plano detalhado para a imprensa na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Para a construção do Plano, houve a participação de cerca de 500 pessoas, incluindo lideranças do governo, do setor privado e da academia. Foram realizadas diferentes etapas, incluindo sessões de ideação, workshops, entrevistas individuais e agendas em secretarias. Um desses encontros foi a reunião de trabalho no Palácio Piratini, em 10 de abril, com empresários e presidentes de entidades de classe.

"A partir do plano de desenvolvimento, o Rio Grande do Sul passa a ter uma política de Estado, guiada por evidências científicas, para acelerar o desenvolvimento econômico e social. O nosso governo promoveu reformas estruturantes, recuperou a capacidade de investimento e agora está criando um plano que será um legado para o futuro do Rio Grande do Sul", disse o governador. "Nosso objetivo é muito claro: queremos que o Rio Grande do Sul seja o melhor Estado para se viver no Brasil. Temos um potencial enorme em diversas áreas e, com os desdobramentos do plano, estamos muito confiantes de que daremos um salto em direção a um futuro à altura do que merece a nossa população nos próximos anos", destacou.

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Quinta, 31 Outubro 2024

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