Positivo Tecnologia: um PDV na palma da mão
As soluções baseadas em Linux têm um uso específico, servem apenas para processar pagamentos eletrônicos. Com equipamentos que operam em Android, a Positivo desenvolveu a primeira solução de máquinas de pagamento smart do mundo, que já é um benchmark global. Essa inovação acelerou, e muito, a integração de diversos outros serviços e tecnologias nas máquinas, mantendo a segurança necessária para esse tipo de equipamento. Integrar novas tecnologias — como Pix e reconhecimento facial — em uma maquininha Linux levaria anos. No sistema Android, a Positivo POS consegue oferecer esses serviços em poucos meses, com custos semelhantes, mantendo a competitividade. Além disso, aplicativos específicos de cada adquirente ou startups são facilmente integrados, graças a compatibilidade com o ecossistema Android. Ou seja, as maquininhas smart são tão versáteis quanto nossos smartphones Android. E, também, tão seguras quanto as máquinas de propósito específico.
Filho é enfático na questão da segurança. Afinal, o Brasil é um país onde se proliferam inúmeros tipos de golpes financeiros. O que poderia parecer uma vulnerabilidade, na verdade é um diferencial. "O padrão de segurança antifraude implementado no Brasil é referência global. Uma vez que você segue os requisitos brasileiros, você está apto a atuar em qualquer país do mundo", declara. Além disso, esse novo universo de possibilidades atende a uma demanda do mercado brasileiro. Em 2024, segundo o Banco Central, o Pix superou pela primeira vez o número de transações em dinheiro, o meio de pagamentos até então predominante, o que ilustra a digitalização da economia e demanda por praticidade e conveniência. "O ambiente de pagamentos no Brasil é muito rico, está em transformação constante, com standards muito altos e que conta com uma cultura da civilização aqui que demanda isso", complementa. Não à toa, a aposta no mercado nacional é o que dá nome aos produtos: nomes em línguas originárias, como Tupi e Pajé, são os títulos das linhas de produtos das soluções em pagamentos da Positivo.
A evolução do comportamento dos consumidores brasileiros e de novas demandas de pagamentos se reflete na evolução do projeto. "Estamos atingindo um grau de maturidade de solução, de hardware, software e serviços muito acima do que você ou os outros países encontram em fornecedores no mundo", observa Filho. Desde 2017, quando o projeto saiu do papel, a Positivo fabricou mais 1,6 milhão de maquininhas. E a expectativa é de que este número aumente em uma velocidade acelerada. Essa crença é baseada em um roadmap de tecnologias para três a cinco anos, que tornarão a singela a maquininha uma ferramenta cada vez mais versátil, mais fácil de usar e mais importante no dia a dia dos negócios.
As maquininhas de pagamento são o ponto de partida de uma tecnologia com amplo horizonte de crescimento, que oferece inúmeras possibilidades. Ao olhar para trás e rever a rota da POS até aqui, Filho conecta os pontos e forma a imagem da transformação da qual a Positivo faz parte. "Todos esses pontos foram decisões empreendedoras que fomos tomando e acreditamos que aquilo poderia dar certo. Tivemos derrotas no meio desse caminho, aprendemos com isso e não desistimos", comenta. Para ele, a inovação é fruto de um intenso trabalho de resiliência sobre aquilo que alguém acredita. E a companhia paranaense crê que o Brasil pode liderar a digitalização de operações bancárias no mundo. "Quando você começa a ficar bom em determinadas tecnologias, as oportunidades aumentam muito. O Brasil vai passar por uma revolução tributária, de tecnologia, de pagamentos, nunca vista no mundo", projeta o especialista. "E a Positivo estará envolvida nisso", promete.
Esse conteúdo é parte integrante da edição 350 de AMANHÃ. Acesse a publicação completa clicando aqui.
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