Porto Alegre e mais quatro regiões ficam em vermelho no mapa preliminar apresentado pelo governo do RS

Municípios podem apresentar recurso em até 24 horas e, na segunda, o Palácio Piratini fará nova análise e divulgará bandeiras definitivas
Conforme a análise preliminar, oito regiões tiveram piora na classificação final e terão maiores restrições de suas atividades

Devido à piora nos indicadores de propagação da Covid-19 e da capacidade de atendimento do sistema de saúde, cinco regiões migraram para bandeira vermelha na sétima rodada do Distanciamento Controlado. O mapa preliminar foi divulgado neste sábado (20), mas as associações de municípios podem, conforme os novos ajustes na sistemática do modelo, apresentar recurso em até 24 horas (18h de domingo). Na segunda-feira (22), o Gabinete de Crise fará nova análise e divulgará à tarde as bandeiras definitivas, que serão vigentes de 23 a 29 de junho.

Com o avanço da doença, o Rio Grande do Sul apresenta uma predominância de bandeiras laranja e vermelha. Ao todo, 12 das 20 regiões sofreram mudanças nesta rodada. Contudo, segue sem nenhuma bandeira preta (risco altíssimo). Conforme a análise preliminar, oito regiões tiveram piora na classificação final e, portanto, terão maiores restrições de suas atividades. Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Palmeira das Missões, que estavam em bandeira laranja (risco epidemiológico médio) foram para vermelha (risco alto). E três, Pelotas, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul, passaram de amarela (risco baixo) para laranja (médio). Veja todos os detalhes dos indicadores que levaram às mudanças de bandeiras regionais na apresentação ao final desta reportagem.

Ao todo, 12 das 20 regiões sofreram mudanças nesta rodada. Contudo, segue sem nenhuma com risco altíssimo

Quatro regiões tiveram redução de risco: Caxias do Sul e Uruguaiana, que eram as duas únicas regiões com bandeira vermelha após revisão de dados pelo governo, apresentaram melhora em indicadores e migraram para bandeira laranja. As regiões de Bagé e Santa Rosa também progrediram, saindo da bandeira laranja para amarela. As demais regiões não tiveram alteração na sua bandeira final, sendo que apenas a região de Taquara manteve bandeira amarela entre as duas semanas. Segundo anunciado pelo governador Eduardo Leite na terça-feira (16), o Distanciamento Controlado passa a ter um prazo para eventuais recursos das Associações de Municípios aos números levantados em cada um dos 11 indicadores que integram o modelo

Esta é a última rodada em que a divulgação das bandeiras está sendo feita no sábado. A partir da próxima, a coleta de dados será na quinta-feira e o anúncio do mapa preliminar ficará para sexta. Com isso, as prefeituras terão até 24 horas para apresentar recurso. Os dados apresentados serão avaliados pelo Gabinete de Crise na segunda-feira e, à tarde, o governador divulgará as bandeiras definitivas, que passam a valer a partir de terça. Dentre os ajustes feitos no Distanciamento Controlado, o governo definiu que as regiões classificadas com cor vermelha não poderão ter regras mais brandas que as estipuladas no Decreto Estadual, nas Portarias da Saúde e nos Protocolos Segmentados.

A flexibilização disposta no Distanciamento Controlado aos municípios será permitida apenas em situações de bandeiras amarela e laranja. No caso de medidas mais restritivas, os municípios podem adotar independentemente da cor em que estiverem. Além disso, existe uma regra que determina que regiões classificadas em bandeiras preta ou vermelha no mapa definitivo por dois períodos consecutivos ou alternados, dentro do prazo de 21 dias, precisarão de duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para que possam efetivamente obter redução no nível de risco. O objetivo deste gatilho de segurança é o de assegurar e caracterizar a efetiva melhora nas condições de uma região.

Indicadores da sétima rodada
O número de novas hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 55%, passando de 320 para 496. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para Covid-19, que passou de 254 para 386 internações – crescimento de 52%. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, em que passou de 1.456 para 2.402. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo passou de 594 para 600, demonstrando a abertura de novos leitos de UTI no Estado. "Entramos na vigésima-quinta semana do ano e historicamente a vigésima-sétima semana apresenta maior demandas por doenças respiratórias e uso de UTIs no Rio Grande do Sul. Ou seja, serão as mais sensíveis para a rede hospitalar. Se tivermos aumento de doenças respiratórias e Covid, em conjunto, teremos um problema", alertou o governador Eduardo Leite. "Ainda não é possível dizer que estamos chegando ao pico das transmissões do coronavírus", emendou Leite, em live transmitida do Palácio Piratini, sede do governo estadual. 

- O número de novos registros de hospitalizações SRAG de confirmados Covid aumentou 55% entre as duas últimas semanas (320 para 496);

- O número de internados em UTI por SRAG aumentou 2,7% no Estado entre as duas últimas sextas-feiras (365 para 379);

- O número de internados em leitos clínicos com Covid no RS aumentou 52% entre as duas últimas sextas-feiras (255 para 386);

- O número de internados em leitos de UTI com Covid no RS aumentou 9,9% entre as duas últimas sextas-feiras (232 para 255);

- O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS aumentou 1% entre as duas últimas sextas-feiras (de 594 para 600);

- O número de óbitos por Covid-19 aumentou 54% entre as duas últimas semanas (de 56 para 86).

- As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos 7 dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (137), Caxias do Sul (76), Passo Fundo (33), Novo Hamburgo (61) e Santa Maria (49).

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Quinta, 21 Novembro 2024

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