Painel permitirá acompanhar gastos de recuperação do Rio Grande do Sul

Ao todo, 18 órgãos orçamentários estão envolvidos em ações para mitigar as inundações
Até agora, foram autorizados R$ 7,6 bilhões de R$ 20,7 bilhões em créditos extraordinários concedidos ao estado

A partir desta terça-feira (4), o cidadão poderá acompanhar, em tempo real, os gastos federais com a reconstrução do Rio Grande do Sul. A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento e Orçamento lançou um painel interativo para verificar a execução dos créditos extraordinários no Orçamento Geral da União com o enfrentamento à tragédia climática no estado. O painel está na categoria de visualização "Calamidade Pública – RS", dentro do Painel do Orçamento Federal. O acompanhamento não exige cadastro e nem senha.

Até agora, foram empenhados (autorizados) R$ 7,6 bilhões de R$ 20,7 bilhões em créditos extraordinários concedidos ao estado por meio de medidas provisórias. Os dados serão atualizados diariamente. Segundo o Ministério do Planejamento, o acompanhamento em tempo real foi possível porque a pasta criou um identificador especial no Orçamento Geral da União para os gastos relacionados ao enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul. O painel é interativo. O cidadão pode filtrar os gastos por órgão federal e ampliar o nível de detalhamento da identificação orçamentária, mostrando funções, subfunções e fontes de recursos para as despesas. Como em outras áreas do Painel do Orçamento Federal, é possível acompanhar a execução de restos a pagar (verbas de anos anteriores). No entanto, como os gastos são inteiramente financiados com créditos extraordinários, o governo não está usando restos a pagar para reconstruir o Rio Grande do Sul.

Ao todo, 18 órgãos orçamentários estão envolvidos em ações para mitigar as inundações e reconstruir o Rio Grande do Sul. A ação de maior valor, com quase R$ 5,2 bilhões de dotação, é a importação de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para compor estoques. Esses gastos estão registrados na rubrica "Formação de Estoques Públicos – AGF", do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Por se tratar de créditos extraordinários, aplicados em situações de emergência ou de imprevisibilidade, essas despesas não estão submetidas ao limite de despesas do novo arcabouço fiscal nem à meta de resultado primário zero para este ano.

Com Agência Brasil

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Quinta, 12 Dezembro 2024

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