Governadores do Sul elegem eficiência como missão

Os governadores eleitos da região Sul em outubro – Ratinho Junior, Carlos Moisés da Silva e Eduardo Leite – tomaram posse nesta terça-feira (1º). Nas cerimônias, o trio que comandará cada um dos estados, elegeu como prioridade a eficiência, como tamb...
Governadores do Sul elegem eficiência como missão

Os governadores eleitos da região Sul em outubro – Ratinho Junior, Carlos Moisés da Silva e Eduardo Leite – tomaram posse nesta terça-feira (1º). Nas cerimônias, o trio que comandará cada um dos estados, elegeu como prioridade a eficiência, como também o uso de novas tecnologias e a inovação como principais ferramentas para as gestões. 

Em seu primeiro discurso como governador, na Assembleia Legislativa, Carlos Massa Ratinho Junior reafirmou o compromisso de preparar o Paraná para o futuro. Ele definiu como objetivo de gestão transformar o Paraná no Estado mais moderno do País e referência nacional em gestão pública. A base para isso, explicou, será o planejamento, a definição de metas, a inovação, eficiência da gestão, valorização e capacitação de servidores e o respeito ao dinheiro público. “Não viveremos mais o estado do improviso, vamos planejar o nosso futuro. Nós sabemos onde queremos chegar e o único caminho possível é a eficiência”, afirmou. Eficiência, modernidade, inovação foram as palavras mais utilizadas pelo novo governador, que confirmou que vai atender o desejo de mudança manifestado nas urnas.

Defensor do Estado Necessário, pautado pela eficiência na gestão e por uma estrutura enxuta, Ratinho Junior destacou as medidas que serão adotadas pelo novo governo. A primeira delas, tomada antes mesmo da posse, foi a redução do número de secretarias de 28 para 15. “É a primeira etapa para a redução da máquina pública”, disse ele. Ratinho Junior reforçou que toda a administração estadual irá trabalhar com metas e resultados. O governador também informou que serão feitos investimentos na infraestrutura do Estado e na capacitação e valorização dos servidores e que as empresas, independente do porte, terão mais apoio do Estado. “Vamos realizar os ajustes necessários para melhorar os resultados e a entrega dos serviços que a população precisa e merece. E vamos facilitar a vida das pessoas e das empresas”, garantiu. Segundo ele, o ambiente político nunca foi tão favorável para as mudanças. Pela primeira vez, o Paraná terá senadores alinhados ao governo e deputados federais e estaduais comprometidos com o novo modelo de fazer política. Ratinho Junior também citou o bom relacionamento com a sociedade civil organizada, representada pelo seu vice, Darci Piana, que foi presidente da Fecomércio-PR.

O novo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, e sua vice-presidente, Daniela Cristina Reinehr (PSL), foram empossados na tarde desta terça-feira (1º), em cerimônia na sede da Assembleia Legislativa do estado, em Florianópolis. Moisés tomou posse prometendo mais transparência e eficiência na gestão do Poder Executivo estadual. “Há uma previdência a ser equacionada, uma folha de pagamento que precisa ser ajustada e uma receita que precisa voltar a crescer sem significar novos tributos. É preciso não apenas gastar menos, mas gastar melhor aquilo que arrecadamos”, disse o governador, pedindo que os parlamentares catarinenses deixem de lado “as disputas políticas, divergências partidárias e por espaço e projeção pessoal, colocando Santa Catarina em primeiro lugar”.
Bombeiro militar, Moisés é coronel da reserva e bacharel em direito. Pouco antes do início da cerimônia de posse, o governador concedeu rápida entrevista aos jornalistas. Insistindo que a gestão pública “passa por uma mudança muito importante”, tanto no âmbito federal, quanto nos estados, Moisés garantiu que, na montagem da equipe de governo, priorizou os atributos técnicos dos nomeados, em detrimento das indicações políticas. “É perceptível que nossos secretários têm sido escolhidos sob um critério técnico, tendo, todos eles, atuações nas áreas para as quais foram escolhidos”, disse o governador, que foi eleito pelo PFL.

Entre as prioridades de sua gestão, Moisés citou mais investimentos em infraestrutura. Os recursos, segundo ele, virão da economia decorrente do enxugamento da máquina pública e do combate à corrupção. “E de que se forma se combate a corrupção? Colocando as pessoas que confiamos, que olhamos nos olhos e sabemos quais são as pessoas que estão trabalhando conosco”, afirmou, acrescentando que as estruturas de controle também deverão ser fortalecidas, e as compras estatais serão feitas preferencialmente por meio de pregão eletrônico, modalidade licitatória que, de acordo com Moisés, permite uma economia de, em média, 16%.

Os novos secretários serão empossados na manhã desta quarta-feira (2). À tarde, o governador e alguns membros de sua equipe concedem entrevista para detalhar as principais ações a serem implementadas nos próximos dias. “Queremos trazer mais agilidade, fazer um governo sem papel e isso tem prazo para acontecer”, revelou Moisés, confirmando a intenção de criar uma controladoria-geral estadual. Encarregada de fiscalizar a aplicação de recursos públicos, a controladoria catarinense deverá ser chefiada pelo professor universitário Luiz Felipe Ferreira, coordenador da equipe de transição de governo. Moisés também defendeu a importância do estado investir mais no ensino técnico como forma de tornar o ensino médio mais atraente para os jovens e, assim, reduzir a evasão escolar, podendo, ao mesmo tempo, capacitar a mão de obra e estimular a geração de renda. Já ao falar no plenário da Assembleia Legislativa, Moisés voltou a enfatizar as vantagens que espera proporcionar com sua proposta de reforma administrativa do Poder Executivo. “Com as mudanças de gestão propostas para os quatro anos, a eficiência na entrega dos serviços será uma das nossas bandeiras. Queremos ser ágeis nos processos e fazer mais com menos, entregando os serviços na medida e qualidade esperada pela população.”

No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) foi empossado para ocupar o Palácio Piratini pelos próximos quatro anos em cerimônia na Assembleia Legislativa do estado. Também foi oficializado o vice da chapa, Ranolfo Vieira Júnior (PTB). Leite é o governador mais jovem eleito na disputa de outubro e um dos nomes dos três nomes do PSDB bem-sucedidos nos embates para administrações estaduais, juntamente com João Dória, em São Paulo, e Reinaldo Azambuja, em Mato Grosso do Sul. O novo titular do Palácio Piratini destacou a necessidade de se adaptar a alterações na sociedade que envolvem do sistema político à introdução de novas tecnologias. “Estamos vivendo uma mudança de eras na economia, na política, nos valores, nos modelos e nas relações sociais. Esse tempo novo precisa de novos olhares, mais contemporâneos, construtores da inovação como ferramenta da gestão pública que construa novas convergências”, defendeu.

A nova gestão responderá a esses desafios governando “online e on time”, tirando o gabinete do Palácio e incorporando novas formas de gestão pública. Defendeu abertura e interlocução constante com os demais poderes do estado. Leite destacou a necessidade de qualificar a educação como forma de transição entre o mundo analógico e os desafios dos novos tempos e que deve reduzir burocracia e destravar a inovação e a competitividade do setor produtivo do estado. Segundo o tucano, a socialdemocracia ancorada nos princípios de livre mercado e da proteção social “não está morta”.

O mandatário comentou que a nova gestão deve construir “consensos estratégicos” que valorizem as ideias em comum que permitam fazer o estado crescer e estender isso a todos a população. Essas ações devem considerar soluções para a crise fiscal do estado, aprofundada nos últimos anos. “O Rio Grande do Sul apresenta indicadores de dívida consolidada e despesas com pessoal acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, citou.

O novo governador mencionou as obrigações em atraso tanto com servidores públicos como para fornecedores. A estimativa é que o déficit em 2019 seja de R$ 4 bilhões. E informou que o déficit no sistema previdenciário do estado estaria na casa dos R$ 11 bilhões. Leite se dirigiu aos servidores do estado para dizer que vai buscar construir soluções mantendo sempre canais de diálogo. O aceno se dá após anos de conflito entre os trabalhadores e a administração estadual e frente ao desafio da fragilidade das contas públicas para garantir o pagamento dos salários e outras obrigações. O novo titular do Palácio Piratini anunciou que na primeira reunião do secretariado, marcada para esta quarta-feira (2), serão anunciadas medidas emergenciais de contenção de gastos com pessoal e custeio. Mas que as medidas estruturais serão discutidas e aprovada nos primeiros meses da gestão.  Formado em Direito, Leite foi vereador em Pelotas, uma das maiores cidades do estado. Em 2012 foi eleito prefeito do município, mas não concorreu à reeleição em 2016. Após uma temporada fora do país, voltou e assumiu a presidência da legenda no estado.

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Quinta, 10 Outubro 2024

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