Para a Fruki, Santa Catarina é só oportunidade

Após se ver obrigada a adiar um dos grandes investimentos que tinha previsto para o ano de 2020, a Fruki já voltou suas atenções ao assunto novamente: a construção de uma fábrica em Paverama (RS). O objetivo é dar início às obras ainda neste ano, reflexo de uma pressa que já não é mais só da Fruki, mas também de todo o mercado. "Essa fábrica é muito importante para continuarmos nosso crescimento, então queremos retomá-lo o quanto antes, especialmente para lançar muitos produtos novos", revela Aline Eggers Bagatini, diretora-presidente da empresa de Lajeado. Apesar da companhia ter pausado esse projeto em 2020, outros lançamentos não foram interrompidos pela pandemia. A marca gaúcha entrou o ano de 2021 comemorando o lançamento de cinco projetos estratégicos e três novos produtos – Mini Fruki, Contém Cartonado e o Laranjinha. "Ainda estamos avaliando outras novidades para esse ano. A Fruki não para e não pode parar", garante Aline.

E não é apenas o Rio Grande do Sul que se beneficia com a sede de crescimento da Fruki. Após a inauguração de um centro de distribuição em Santa Catarina em 2019, o estado já representa 10% do faturamento da empresa – e o plano é construir outro CD na região ainda em 2021. "Aqui no Rio Grande do Sul temos muita oportunidade, mas Santa Catarina é só oportunidade", explica Aline. A venda das bebidas Fruki é feita para grandes redes em Santa Catarina, o que acabou compensando as dificuldades encontradas na terra natal. Por atuarem em segmentos que sofreram durante o surto de Covid-19, como bares, restaurantes e eventos, a empresa acabou sendo impactada. Ainda assim, o faturamento do ano passado para cá avançou 20% – e tudo indica que o ritmo continuará acelerando ainda mais até 2022. "Uma vez que a população for vacinada, tem muita coisa boa para acontecer, eventos e festas que foram cancelados. As pessoas vão querer tirar o atraso", torce.

Recentemente, a companhia adquiriu três caminhões elétricos, ato que demonstra uma preocupação crescente com ESG e sustentabilidade. O objetivo é que o projeto de logística verde chegue a 30% da frota. A história da empresa com projetos na área é antiga, e as ações de governança e de apoio ao meio ambiente são desenvolvidas há 97 anos, desde que foi fundada. "São práticas que contribuem para a longevidade da empresa", explica Aline. A água da chuva, por exemplo, é recolhida pela Fruki há muitos anos e utilizada em fins menos nobres – como em torres de resfriamento e para molhar o jardim. Em indústrias de bebidas, para cada litro produzido, é utilizado, em média, 1,5 litro de água. O consumo extra deve-se, entre outros fatores, à lavagem de garrafas, máquinas e equipamentos. Em 2005, a Fruki comprometeu-se a diminuir seu uso de água, na época de 1,8 litro. Atualmente, a empresa alcançou a média de 1,4 litro. "Se tivéssemos permanecido com a média antiga, hoje estaríamos gastando até 30% a mais de água", calcula. Outro dado positivo é o encaminhamento para a reciclagem de 98,7% dos resíduos gerados pela empresa. O 1,3% restante é formado por resíduos não-recicláveis ou contaminados. "Se cada empresa contribuísse um pouco, nosso planeta agradeceria muito", considera Aline.

As mais recentes inovações da Fruki vêm sendo voltadas aos clientes, colocando-os no centro da tomada de decisões. "A pandemia nos mostrou que precisamos estar ao alcance do consumidor onde existir a necessidade", justifica Aline. Parte disso se dá na rapidez no atendimento, motivo que os fez começar a atender clientes pelo WhatsApp. Outros formatos ainda estão sendo avaliados pela companhia, com a formação de equipes dedicadas ao assunto. "Não temos tempo para ficar pensando muito, temos de agir", confidencia Aline.