O mar azul de possibilidades que levará a Renovigi ao primeiro bilhão
Ao contemplar a paisagem de sua sala na sede da Renovigi, em Chapecó (SC), o CEO Alcione Belache (foto) não sorri apenas para o sol que contempla. O executivo está confiante que a receptividade dos consumidores e industriais brasileiros pela energia solar só tenderá a crescer nos próximos anos. Com mais de 500 mil painéis fotovoltaicos distribuídos em todo o país, a empresa detém cerca de 15% do market share. Com o incremento esperado, Belache prevê que a companhia alcançará 25% do mercado até dezembro deste ano.
“A receptividade com relação à instalação dos painéis fotovoltaicos é grande e está aumentando. Não somente no Sul, mas em todo o país. O mercado brasileiro ultrapassou mais de 100 mil unidades instaladas, então é um mar azul de oportunidades em um universo de mais de 80 milhões que podem ser comercializadas”, revela. Segundo a Greener, empresa de pesquisa e consultoria especializada em energia solar fotovoltaica, o segmento movimentou R$ 7,4 bilhões no ano passado. E de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 886.723 sistemas fotovoltaicos serão instalados em todo o território até 2024.
“Atualmente, a maior demanda da Renovigi vem do Sudeste, seguido do Sul, especificamente o Rio Grande do Sul. Minas Gerais lidera o ranking de instalações por ter sido o primeiro estado a incentivar através da redução do ICMS. A segunda maior praça é a gaúcha”, conta Belache. O crescimento da empresa do oeste catarinense é astronômico. Em 2015, a Renovigi faturava apenas R$ 5 milhões. Três anos depois, multiplicou as vendas por 30 (R$ 150 milhões) e, neste ano, alcançará R$ 500 milhões. A meta é dobrar a receita em 2020 chegando ao primeiro bilhão.
Por ser uma fabricante, a Renovigi não instala sistemas. Quem faz isso são os credenciados, que totalizam mais de 5 mil parceiros comerciais de Norte a Sul. Para uma residência que tem um custo mensal de R$ 500 com energia elétrica, o investimento previsto para um sistema fotovoltaico varia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Naturalmente que a tarifa pode variar de acordo com a bandeira da concessionária de energia local. Já para uma indústria, o aporte pode ser bem elástico, pois tudo dependerá do ramo de atividade e do porte da companhia. “Nesse caso, os sistemas podem custar de R$ 30 mil até mais de R$ 1 milhão. O que vai definir é a necessidade e o custo mensal”, explica o CEO.
Na semana passada, durante sua convenção de vendas anual, a Renovigi apresentou o RenoBusiness, a primeira plataforma do mercado para gestão de negócios on-line. O novo sistema é totalmente integrado às diferentes frentes de captação de futuros clientes da Renovigi e faz a distribuição automática de oportunidades de negócios. “No ano passado, o departamento de marketing fez uma pesquisa e constatou que pelo menos 25% dos nossos clientes chegavam pelos canais on-line. Por isso, resolvemos potencializar essa relação e investir em uma plataforma robusta para atendê-los de forma eficiente”, detalha Belache. Afinal, o sol nasce para todos, mas para a Renovigi ele ainda aumenta o faturamento.
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