O mar azul de oportunidades da Rôgga

O processo de inovação é subdividido em quatro etapas principais
No ano passado, a companhia catarinense investiu cerca de 1% de sua receita operacional líquida em P&D

A construção civil é um dos segmentos da indústria que levam mais tempo para adotar tecnologias disruptivas, mas esta circunstância não parece deter a Rôgga. Ao contrário: a empresa catarinense prefere ver a situação do setor como uma grande oportunidade de inovação, e por isso dirige seus investimentos em pessoas, processos e tecnologias no sentido de encontrar novas soluções, simular possibilidades e decidir sobre os produtos imobiliários em que vai apostar. Desta forma, vem se fortalecendo em competitividade, previsibilidade e, consequentemente, resultados. O diretor de engenharia e desenvolvimento imobiliário da Rôgga, Osvaldo Martins de Carvalho Netto, detecta um enorme potencial de inovação na construção civil. "Entre essas oportunidades, podemos citar a inserção de tecnologias relacionadas a IoT e AI, automação e industrialização dos processos – que ainda são majoritariamente artesanais no segmento –, melhorias no planejamento e controle dos processos por meio de apps e desenvolvimento de novos materiais para revestimento", enumera Netto.

No ano passado, a companhia investiu cerca de 1% de sua receita operacional líquida em P&D. Os aportes foram destinados a projetos com foco na industrialização do setor, como o estudo de paredes pré-fabricadas e a introdução de novos tipos de revestimentos industrializados. Também houve ênfase na inserção de tecnologias no espaço fabril, como laser, requadros magnéticos, sistema de cura térmica alimentado por biomassa e outras soluções que permitirão aumentar a qualidade das peças pré-fabricadas. "Os processos tradicionais de construção apresentam baixa produtividade, altos índices de desperdício, retrabalho e pouco controle de qualidade, além de um recurso de mão de obra pouco especializada. Estes fatores impactam diretamente nos custos e, consequentemente, no preço final para o cliente", contextualiza Netto. "Ao industrializar os processos, entendemos que estes problemas são atenuados, além de contribuir para a sustentabilidade em todos os seus três pilares: ser economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo."

Na Rôgga, o processo de inovação é subdividido em quatro etapas principais: surgimento da ideia, avaliação do projeto, planejamento e desenvolvimento. Há um estímulo para que as ideias venham de variadas origens, de colaboradores internos e clientes a fornecedores. "Existem diversos estágios quando falamos em inovação, especialmente na construção civil. Os primeiros projetos se iniciam, fundamentalmente, através de melhorias na operação, mas inevitavelmente precisam permear todas as áreas da empresa de acordo com o crescimento da maturidade no tema." Uma estratégia que tem funcionado bem é a parceria com universidades: diante de demandas levadas aos alunos e professores, novas soluções são pensadas e desenvolvidas. Para 2022, a previsão é investir até R$ 4 milhões em P&D, com foco em projetos que terão como essência melhorar a eficiência operacional e a industrialização da empresa. Netto está animado. "Vislumbramos um mar azul de oportunidades dentro destes temas."

Esse conteúdo integra a edição 340 da revista AMANHÃ, publicação do Grupo AMANHÃ, que trouxe os resultados da 18ª edição do ranking Campeãs da Inovação. Clique aqui para acessar a publicação online, mediante pequeno cadastro.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 22 Novembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/