Lucro da Rumo mais que dobra no segundo trimestre

A Rumo apresentou receita líquida de R$ 6,6 bilhões no primeiro semestre, valor 3,3% menor que igual período de 2019. O lucro, entre janeiro e junho, foi de R$ 132 milhões, queda de 37,5% sobre a mesma base do ano passado. O segundo trimestre, no entanto, foi melhor: a receita avançou 5,7%, para R$ 1,8 bilhão e o lucro alcançou R$ 405 milhões, mais que o dobro do segundo trimestre de 2019 (veja os principais indicadores na tabela ao final desta reportagem).

O volume transportado pela Rumo no segundo trimestre foi 13,9% acima do mesmo período de 2019, atingindo 16,4 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil). Segundo a companhia, a boa performance do Brasil nas exportações contribuiu para o crescimento de 18,3% no volume de grãos movimentado, com bom desempenho tanto na Operação Norte quanto na Operação Sul. "As condições de mercado mais favoráveis para o açúcar em relação ao etanol – por conta do menor consumo devido ao isolamento social e da competitividade frente à gasolina pelas cotações do petróleo em baixas históricas –, proporcionaram o aumento das exportações da commodity e do volume transportado em 30,6%. O segmento de fertilizantes segue em forte expansão, com crescimento de 23% no volume movimentado. O transporte de produtos industriais e de contêineres, impactado negativamente pela pandemia da Covid-19, apresentou queda de 14,3% e 4,2%, respectivamente, afetando os volumes consolidados", detalha a operadora de ferrovias do Grupo Cosan que tem sede em Curitiba.

A empresa destaca que Já a Operação Sul ganhou market share do transporte de grãos aos portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), resultado impulsionado por um aumento significativo da safra de soja no Paraná e pela entrada de volumes adicionais da região oeste do Paraná, em função do acordo celebrado entre a Ferroeste e a Rumo. A Operação Sul apresentou aumento de 8,5% no volume transportado no segundo trimestre, alcançando 3,6 bilhões de TKU. "O resultado reflete o aumento de 26,2% no volume de produtos agrícolas, impulsionado pela soja que cresceu significativamente no norte e oeste do Paraná, mais do que compensando a quebra de safra no Rio Grande do Sul. Os produtos industriais apresentaram queda de 32,5%, impactados pela migração do volume de celulose da

Operação Sul para a Norte, e pela queda do transporte de combustível e outras cargas industrializadas, refletindo a redução do consumo interno, devido ao cenário da pandemia do coronavírus", revela a Rumo em seu relatório trimestral.