Taxa de desocupação fica em 7,6% no trimestre

Índices de ocupação e rendimento cresceram no período 
Setor de transportes, armazenagem e correios foi um dos que mais contribuíram para o aumento da população ocupada (Foto: Freepik)

A taxa de desocupação para o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024 ficou em 7,6%, mesmo percentual do trimestre móvel anterior (de agosto a outubro de 2023). Na comparação com o mesmo período de 2023, a taxa de desocupação recuou 0,7 ponto percentual. Com isso, a população desocupada, ou seja, aqueles que estavam em busca de trabalho, chegou a 8,3 milhões, mantendo-se estável na comparação trimestral e recuando 7,8% no ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE. Essa estabilidade da taxa e do contingente de desocupados na comparação trimestral pode ser explicada pela sazonalidade do mercado de trabalho, com a desocupação se reduzindo no final do ano e aumentando nos primeiros meses do ano seguinte. "Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024", explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

A população ocupada do país chegou a 100,6 milhões de trabalhadores, com altas de 0,4% frente ao último trimestre móvel comparável e de 2% no ano. Os grupamentos de atividade que puxaram a alta na comparação trimestral foram transporte, armazenagem e correio (4,5%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (1,9%) e outros serviços (3,1%). "Na série histórica da PNAD Contínua, costumamos ter uma estabilidade da população ocupada no trimestre encerrado em janeiro, ou até mesmo uma queda dessa população, fato que não está ocorrendo agora, em 2024. Pelo contrário, vemos uma expansão da ocupação", observa Adriana. Segundo a analista da PNAD Contínua, os grupamentos de atividades dos transportes, armazenagem e correio, o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas e, ainda, o setor de outros serviços, contribuíram para o aumento da população ocupada. "Dentro desses três setores, se sobressaíram o transporte rodoviário de cargas, os serviços de armazenagem e logística, as atividades financeiras e imobiliárias, além dos serviços profissionais, como a locação de mão-de-obra e terceirização", detalha. Essas altas, para Adriana, compensaram os postos de trabalho perdidos na agropecuária, principalmente nas lavouras de milho, mandioca e café.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 38 milhões, com alta de 0,9% no trimestre e de 3,1%) no ano. Para Adriana, a alta na ocupação de alguns grupamentos de atividade influenciou, também, a alta do emprego com carteira assinada, inclusive nos transportes, armazenagem e correio, onde as ocupações com e sem carteira cresceram e, ainda, nas atividades profissionais administrativas. O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável no trimestre e cresceu 2,6% no ano. Aliás, a estabilidade em ambas as comparações se destacou para trabalhadores por conta própria, trabalhadores domésticos e os empregadores.

Veja mais notícias sobre BrasilEconomia.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sábado, 27 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/