Micro e pequenas empresas criam sete de cada 10 empregos no país
Uma estatística recente mostra o poder das micro e pequenas empresas (MPEs) na geração de emprego no país. Um estudo feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela que, este ano, sete em cada dez vagas de trabalho com carteira assinada foram criadas por micro e pequenos negócios. O estudo foi feito com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. De janeiro a maio, o Brasil criou 865.360 empregos formais. Desses, 594.213 foram por meio das MPEs. Isso representa 69%. De acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima, a maioria das MPEs possui até cinco colaboradores. "Em um contexto de cerca de 22 milhões de pequenos negócios, as MPE são fundamentais para a economia, respondendo por cerca de 99% de todas as empresas que existem no país, 55% do conjunto total de empregos com carteira e quase 30% do PIB", calcula.
No levantamento, são considerados microempresas os negócios com até nove empregados (agropecuária, comércio e serviço) ou 19 funcionários (indústria e mineração). Pequenas empresas são as que têm até 49 trabalhadores (agropecuária, comércio e serviço) ou 99 empregados (indústria e mineração). Só em maio, os pequenos negócios responderam por 70% (108.406 dos 155.270) dos novos vínculos empregatícios. Um aumento de 2 pontos percentuais em relação aos 68% obtidos no mesmo mês do ano passado. Esse crescimento da participação das MPEs no volume total de empregos no país vai na contramão do comportamento das médias e grandes empresas (MGE). As MGEs viram a fatia delas no total de empregos formais cair de 22% em maio de 2022 para 15% em maio de 2023.
O presidente do Sebrae explica que os pequenos negócios são os maiores responsáveis pela criação e manutenção de empregos na economia. "É natural que as médias e grandes empresas invistam pesado na modernização de seus processos de produção, em busca da maior competitividade de seus negócios. Portanto, as MGEs tendem a ser poupadoras de mão de obra, no longo prazo. Já os pequenos negócios são intensivos em mão de obra, razão pela qual, nos momentos de crise, são os últimos a dispensar pessoal e, em momentos de recuperação da economia, os que mais contratam", avalia Lima.
Com Agência Brasil
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