Intenção de consumo das famílias mantém ritmo de crescimento
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 2% em julho, alcançando a segunda alta consecutiva. O indicador chegou a 68,4 pontos e atingiu o maior nível desde abril último. O resultado ficou 3,5% acima do registrado no mesmo período de 2020 – a primeira taxa anual positiva desde março do ano passado. O índice, porém, segue abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde 2015.
Assim como no mês anterior, todos os subíndices da pesquisa registraram resultados positivos, com destaque para o que mede a perspectiva de consumo, que cresceu 5,1% na comparação com junho, subindo a 66,8 pontos. O item foi o que apresentou o maior crescimento no mês e revelou melhora na percepção dos brasileiros em relação a compras futuras. "A expectativa das famílias é que esse ambiente econômico mais positivo percebido no curto prazo se prolongue", avalia Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pela pesquisa.
O nível de consumo atual também melhorou (+2,2%), alcançando o maior patamar desde março deste ano (53,1 pontos). "Esse avanço foi resultado da melhora nas condições de consumo, com redução no percentual de famílias que consideram o seu consumo menor [59%, contra 60,3% no mês passado e 62,6% em julho de 2020] e crescimento ainda mais intenso do que no mês anterior (+4,7%) na percepção do momento para compra de duráveis", aponta Catarina.
Apesar de permanecer como o menor indicador em julho, o momento para compra de duráveis – que avalia o que os consumidores pensam sobre a aquisição de bens como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis – atingiu o maior patamar desde o último mês de abril e cresceu de forma ainda mais intensa do que no mês anterior (+4,7%), chegando a 40,8 pontos.
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