Indústria gaúcha está disposta a investir
Com crescimento no emprego, quedas na ociosidade e nos estoques e estabilidade na produção, a Sondagem Industrial, divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), mostra um início de ano mais promissor para o setor industrial gaúcho. A pesquisa de opinião empresarial, realizada mensalmente pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, apresentou em janeiro um cenário de perspectivas positivas para os próximos seis meses. "O levantamento é um termômetro do momento atual e traz sinais positivos, mas não afasta a necessidade de uma reforma fiscal, com controle nos gastos públicos que reduza a pressão sobre indicadores como a inflação e os juros", afirma Claudio Bier, presidente da Fiergs.
Para os próximos seis meses, a sondagem industrial revela que o setor espera aumento da demanda, das exportações, do emprego e das compras de matérias-primas no Rio Grande do Sul. Em função desta perspectiva mais positiva, a intenção de investir da indústria gaúcha atingiu o patamar mais alto desde setembro de 2022, com o índice crescendo de 57,6 pontos, em janeiro, para 61,5, em fevereiro, quase dez pontos acima da média histórica (veja o gráfico abaixo). Pouco mais de dois terços das empresas (66,9%) mostra disposição em realizar investimentos nos próximos seis meses.
O índice de produção alcançou 50,1 pontos em janeiro, o maior para mês desde 2021, indicando um ritmo acima do esperado para o início do ano. Outro índice medido na Sondagem é o de número de empregados, que atingiu 51,7 em janeiro, revelando aumento do emprego industrial ante dezembro. O resultado ganha importância porque supera a média histórica de 50,1 do período. O índice varia de zero a cem pontos. Valores acima de 50 representam crescimento em relação ao mês anterior. A utilização da capacidade instalada (UCI), também medida na Sondagem, alcançou 71% em janeiro, subindo três pontos percentuais em relação a dezembro e ficando acima da média histórica de 68,1% do mês. Mesmo com a estabilidade da produção, os estoques de produtos finais caíram na passagem de dezembro para janeiro, a quinta redução seguida e a oitava em nove meses. O índice relacionado a estoques alcançou 47,9 pontos. Neste caso, valores acima de 50 pontos indicam estoque além do planejado pelas empresas. Foram consultadas 145 empresas, sendo 30 pequenas, 50 médias e 65 grandes, entre 1º e 12 de fevereiro.
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