Fiergs reduz estimativa de crescimento do PIB do RS para 1,8%

Estiagem, gripe aviária e tarifaço são os principais motivos
A revisão da atividade econômica no estado foi puxada sobretudo pelo desempenho da indústria

O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul deve crescer 1,8% em 2025, desempenho abaixo do nacional, estimado em 2,1%, conforme nova projeção divulgada nesta quarta-feira (27) pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) do Sistema Fiergs. Em abril, a estimativa de crescimento do PIB gaúcho era de 2,2% neste ano. A revisão da atividade econômica no estado foi puxada sobretudo pelo desempenho da indústria, cujo PIB deve crescer 1,7% até dezembro, abaixo dos 3,1% projetados em abril.

O cenário representa uma revisão significativa e reflete a combinação de juros altos, que limitam investimentos, os efeitos da gripe aviária de maio, que suspendeu exportações, e a imposição de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Além disso, a estiagem no início do ano permanece como principal fator de impacto no setor agropecuário, que deve registrar queda de 4% no PIB, enquanto os serviços devem crescer 2,6% no ano. "Estamos enfrentando um cenário externo e interno adverso. A gripe aviária freou nossas exportações em maio e as tarifas americanas prejudicam fortemente a indústria de transformação. Isso, somado aos juros ainda elevados, reduz o fôlego de crescimento industrial para este ano", contextualiza Claudio Bier, presidente do Sistema Fiergs.

O Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS) também foi revisto. A expectativa de crescimento, que era de 2,8% em abril, agora é de 1%. No primeiro semestre, a produção industrial gaúcha cresceu 2,9% frente ao mesmo período do ano passado. No entanto, a base de comparação mais alta no segundo semestre de 2024, aliada à estagnação recente e ao ambiente econômico mais restritivo, deve provocar desaceleração para 1,5% até o fim do ano. A Fiergs projeta ainda que as exportações totais do Rio Grande do Sul devem alcançar US$ 20 bilhões no ano, sendo US$ 16 bilhões da indústria de transformação, impulsionadas, em parte, pela recuperação da demanda argentina e pelo retorno dos embarques do abate de aves para o Oriente Médio.

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Quinta, 28 Agosto 2025

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