Estados da região Sul registram menores índices de desemprego no trimestre

Mesmo assim, índices tiveram altas no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul
A taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos de idade brasileiros ficou em 27,1% no primeiro trimestre de 2020, bem acima da média geral de 12,2% do país no período

A taxa de desemprego ficou em 12,2% no país no primeiro trimestre deste ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As maiores taxas de desemprego no primeiro trimestre deste ano foram registradas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%). Já as menores ficaram com Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Paraná (7,9%) e Rio Grande do Sul (8,3%). Mesmo assim, o índice catarinense foi 0,4 ponto percentual do trimestre passado para este. A evolução também se deu no Paraná e no Rio Grande do Sul (confira todos os índices no gráfico no final desta reportagem).

Na comparação com o último trimestre de 2019, a taxa de desemprego cresceu em 12 locais, permanecendo estável nas outras 15 unidades da federação. Os estados com maiores altas foram Maranhão (3,9 pontos percentuais, chegando a 16,1% no primeiro trimestre), Alagoas (2,9 pontos percentuais, chegando a 16,5%) e Rio Grande do Norte (2,7 pontos percentuais, chegando a 15,4%).

A taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos de idade brasileiros ficou em 27,1% no primeiro trimestre de 2020, bem acima da média geral de 12,2% do país no período. Este comportamento foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a estimativa foi de 34,1% de desempregados nesta faixa etária.

O desemprego entre os jovens cresceu em relação ao último trimestre de 2019, quando a taxa era de 23,8%. Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o crescimento é esperado devido às dispensas de trabalhadores temporários contratados para o período de final do ano. "A maior parte dos temporários dispensados no início do ano são jovens, o que faz com que a queda no nível de ocupação seja maior nesta faixa", explica Adriana.

Subutilização avança
A PNAD Contínua aponta ainda que a taxa composta da subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) que em nível Brasil atingiu 24,4%, subiu em dez estados, mantendo-se estável nos demais 17.

O Nordeste foi a região com as maiores medidas de subutilização da força de trabalho e, na Região Sul, as menores. Entre os estados, as maiores taxas foram no Piauí (45%), Maranhão (41,9%), Bahia (39,9%), Rio Grande do Norte (36,5%), Sergipe (35,9%) e Paraíba (35,1%). Santa Catarina (10,0%), Mato Grosso (14,8%) e Rio Grande do Sul (15,9%), tiveram as menores taxas.

O número de desalentados foi de 4,8 milhões de pessoas, com destaque para a Bahia (774 mil), que respondia por 16,3% do contingente nacional. O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no primeiro trimestre de 2019 foi de 4,3%, crescendo 0,2% na comparação com o quarto trimestre de 2019 e estável em relação ao primeiro trimestre de 2019. Maranhão (17,8%) e Alagoas (15,5%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,8%) e Rio de Janeiro (1,2%), os menores.

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Sexta, 29 Março 2024

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