Dólar: para o alto e avante
A onda de pânico gerada pela China não passou e seus efeitos, embora sejamsentidos ao redor do mundo, faz pressão especialmente nos países emergentes. Odesconforto com o ambiente econômico, aliado ao peso da política interna, levouo dólar a disparar nos últimos dias. "O mercado está ficando muitoperigoso e cada vez mais esticado em meio ao pânico da China, temor do FederalReserve subir juros ou mesmo vir com discurso duro em setembro e a dramáticasituação política", comenta José FariaJúnior, diretor de câmbio da Wagner Investimentos.
Para ele, agora o caminho do câmbio é para oalto, o que deve levar a divisa norte-americana para uma cotação próxima de R$3,85. "As chances de uma volta para a região de R$ 3,40, na minha opinião,estão afastadas no momento", aposta. A justificativa é simples: oreal segue o caminho de outros moedas ligadas a commodities (como o dólaraustraliano e o canadense) – todas no menor patamar contra a moedanorte-americana neste ano. Mas há um peso a mais contra o real dado que o CreditDefault Swaps [uma espécie de segurocontra calote brasileiro, projetado para cinco anos] está em 350 pontos, índiceque já precifica um corte do rating brasileiro.
No campo interno ainda há uma dramática situação política, pontua."Tememos a renúncia de Joaquim Levy (ministro da Fazenda) e até mesmonovas eleições, enfim, dois cenários críticos", desabafa. Olhando parafora, a situação segue alarmante. O índice Vix, também conhecido como índice domedo, ainda segue extremamente alto, mais de 200% acima da média do ano."Acreditamos que o mercado vai demorar um tempo para cicatrizar essasferidas. Torço para que o pior já tenha passado", diz.
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