Desempenho da indústria alcança a sexta alta consecutiva no RS
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), indicador de nível de atividade do setor no Rio Grande do Sul, divulgado nessa quinta-feira (13) pela Federação das Indústrias (Fiergs), cresceu 0,8% em novembro, relativamente a outubro de 2021. Foi a sexta alta consecutiva, acumulando 5,6% de aumento, o maior patamar desde novembro de 2014, e 9,4% acima de fevereiro de 2020, antes da pandemia.
"Os indicadores mostram a continuidade da trajetória positiva da atividade que se seguiu à segunda onda da Covid-19. Os problemas de preços e escassez de insumos e matérias-primas limitaram, mas não impediram os avanços e o elevado nível da atividade industrial, que se deram por conta do bom momento do agronegócio, do retorno das atividades econômicas e das exportações", avalia Gilberto Porcello Petry, presidente da entidade, em nota.
Todos os componentes do IDI-RS cresceram em relação a outubro, com exceção da utilização da capacidade instalada (UCI), que ficou estável em 83,2%. Os destaques foram as compras industriais, com avanço de 3,7%; o faturamento real, 2,6%, e as horas trabalhadas na produção, 2%. Os indicadores do mercado de trabalho industrial também cresceram: o emprego teve sua 18ª alta seguida, 0,2%, e a massa salarial real, 1,9%.
O nível da atividade industrial também registrou elevação nas comparações anuais. Em novembro, de 7,1%, e, no acumulado de janeiro a novembro, de 13,7%, ambas em relação aos períodos equivalentes de 2020.
Setores
Por setor, o crescimento anual também é disseminado: dos 16 pesquisados, somente madeira (-0,8%) e máquinas e materiais elétricos (-1,4%) apresentaram queda ante o período de janeiro a novembro de 2020. As maiores contribuições para o desempenho global vieram de máquinas e equipamentos, que cresceu 34%, químicos e derivados de petróleo, 11,5%, veículos automotores, 17,1%, e produtos de metal, 20,2%.
Segundo Petry, as expectativas para a indústria gaúcha seguem moderadamente positivas sustentadas pela perspectiva do restabelecimento das atividades econômicas e por menores dificuldades na cadeia de suprimentos. Porém, a forte estiagem que atinge o Rio Grande do Sul e a nova onda da pandemia agregam mais incerteza ao cenário já desafiador com os problemas ainda existentes nos insumos, a forte aceleração dos juros, o aumento dos custos de produção e a inflação.
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