Contas públicas têm déficit de R$ 14,1 bilhões em março
As contas públicas fecharam o mês de março com saldo negativo, resultado principalmente da queda de receitas dos governos municipais, estaduais e federal. O setor público consolidado [formado por União, estados, municípios e empresas estatais] registrou déficit primário de R$ 14,182 bilhões no mês passado, ante superávit primário de R$ 4,3 bilhões em março de 2022. O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas), desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.
Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, a queda na arrecadação dos governos regionais foi o principal responsável pela redução do resultado primário na comparação interanual, em R$ 16,5 bilhões. Já o governo federal contribuiu em R$ 1,9 bilhão para o recuo entre março de 2022 e março de 2023. Em 12 meses, encerrados em março, as contas acumulam superávit primário de R$ 74,7 bilhões, o que corresponde a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Para Rocha, considerando o resultado em 12 meses, houve pico do superávit primário em agosto do ano passado, quando chegou a R$ 230,6 bilhões (2,4% do PIB). Desde então, esse resultado positivo vem caindo no acumulado em 12 meses. Em 2022, as contas públicas fecharam o ano com superávit primário de R$ 125,9bilhões, 1,2% do PIB.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 5,7 trilhões em março, o que corresponde a 57,2% do PIB. Em fevereiro, o percentual da dívida líquida em relação ao PIB estava em 56,6%. Em março deste ano, a dívida bruta do governo geral [que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais] chegou a R$ 7,3 trilhões ou 73% do PIB.
Com Agência Brasil
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