Com alta na gasolina, inflação de julho fica em 0,12%

Índice capta a reoneração de impostos
A gasolina foi o produto que mais impactou no resultado de julho, com uma variação de 4,75%

A inflação oficial do mês de julho foi de 0,12%, ficando 0,2 ponto percentual acima da taxa negativa de 0,08% registrada em junho. No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a retração foi de 0,68%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho. O grupo de transportes apresentou a maior variação (1,5%). No lado das quedas, destacam-se os grupos de habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,46%).

A gasolina foi o produto que mais impactou no resultado de julho, com uma variação de 4,75%. Em junho, ela havia apresentado queda de 1,14%. No mês passado, houve reduções aplicadas nas refinarias. "A alta de julho capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS/COFINS", explica Bernardo Almeida, gerente da pesquisa. Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

Pelo lado das quedas, no grupo de habitação (-1,01%), a energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso do mês. "O resultado foi por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado integralmente nas faturas emitidas no mês de julho", explica Almeida. Já a queda no grupo de alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho (-1,07%). Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). "De maneira geral, podemos dizer que essas quedas estão relacionadas a uma maior oferta dos produtos", destacou Almeida.

Em relação ao acumulado nos últimos 12 meses, que acelerou de 3,16% em junho para 3,99% em julho, Almeida relembra as três deflações consecutivas observadas em julho, agosto e setembro de 2022. "Saiu a queda de -0,68% de julho de 2022 e entrou a alta de 0,12% de julho de 2023", explica. Regionalmente, treze das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram alta em julho. A maior variação foi em Porto Alegre (0,53%), em função da alta do preço da gasolina (6,98%). Já a menor variação foi em Belo Horizonte (-0,16%), influenciada pelas quedas de 17,50% em ônibus urbano e de 4,3% na energia elétrica residencial.

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Terça, 30 Abril 2024

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