Agosto tem deflação de 0,11%

Índice apresentou quedas em habitação, alimentação e transportes
Com incorporação do Bônus de Itaipu, energia elétrica residencial cai 4,21% em agosto


O Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto, ficando 0,37 ponto percentual abaixo da taxa de 0,26% de julho. Este foi o primeiro resultado negativo desde agosto de 2024 (-0,02%) e o mais intenso desde setembro de 2022 (-0,29%). No ano, o IPCA acumula alta de 3,15% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses imediatamente anteriores. Os resultados foram divulgados pelo IBGE.

A variação mais intensa veio do grupo de habitação (-0,9%), devido à queda na energia elétrica residencial (-4,21%), subitem que exerceu o impacto mais intenso no índice. Também tiveram quedas em agosto alimentação e bebidas (-0,46%) e transportes (-0,27%), grupos de maior peso no IPCA juntamente com habitação. "Somados, esses três grupos foram responsáveis por uma queda de 0,3 ponto percentual de impacto no índice geral. Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria em 0,43%", informou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

O índice de difusão, ou seja, o percentual de subitens que tiveram resultado positivo, aumentou de 50% em julho para 57% em agosto. "O grupamento dos alimentícios mostrou redução na difusão de julho para agosto, de 50% para 47%, enquanto no grupamento dos não alimentícios houve aumento de 49% para 65%, mostrando uma maior quantidade de subitens com alta de preços. Todavia, a variação do grupamento dos não alimentícios foi de -0,01%, em razão da contribuição da queda na energia elétrica residencial", analisa o gerente.

Habitação saiu de um aumento de 0,91% em julho para uma queda de 0,90% em agosto. "Essa foi menor resultado para um mês de agosto desde o Plano Real", destaca o Gonçalves. O grupo foi influenciado pela energia elétrica (-4,21%), com queda em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, apesar de estar em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos. Em julho, vigorava a bandeira tarifária vermelha patamar 1. A energia sofreu, ainda, uma série de reajustes tarifários em diversas cidades.

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Quarta, 10 Setembro 2025

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